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Internacional

Trump promete investigação sobre hackers em até 90 dias

Trump, que tomará posse no próximo dia 20, tem negado que a Rússia
Da Agência Ansa Brasil
Publicado em 13/01/2017 - 11:29
Roma
O candidato republicano Donald Trump votou em escola pública de Nova York
© Peter Foley / EPA / Lusa
epa05622825 Republican presidential candidate Donald Trump votes at Public School 59 on the eastside in New York, New York, USA, 08 November 2016. Americans vote on Election Day to choose the 45th President of the Unite

Trump, que tomará posse no próximo dia 20, tem negado que a Rússia tenha informações comprometedoras sobre sua vida pessoalPeter Foley / EPA / Lusa

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu apresentar em um prazo de 90 dias um relatório completo sobre os suspostos casos de hacker e espionagem que têm causado alvoroço no país na última semana.

Em postagens hoje (13) no Twitter, o magnata republicano voltou a falar sobre a veiculação de "notícias falsas" e sugeriu que foi alvo de um complô de seus "oponentes políticos, tanto democratas quanto republicanos", e de um "espião falido que tem medo de ser processado". "Meu povo terá um relatório completo sobre hacking dentro de 90 dias!", escreveu o vencedor das eleições de novembro à Casa Branca.

Trump, que tomará posse no próximo dia 20, tem negado veementemente que a Rússia tenha informações comprometedoras sobre sua vida pessoal, como vídeos de orgias com prostitutas durante viagens que fizera a Moscou quando ainda não era candidato. A possibilidade da Rússia possuir um "dossiê" contra Trump para chantageá-lo foi levantada em um relatório escrito pelo ex-agente britânico Christopher Steele, de 52 anos, que atualmente é proprietário da consultoria Orbis Business Intelligence.

Em um estudo de 35 páginas que chegou a ser apresentado pelo FBI a Trump e ao presidente dos EUA, Barack Obama, o britânico, que trabalhou por 20 anos em Moscou, afirmava que o governo russo possui uma série de dados sobre Trump. Esse relatório veio à tona nesta semana por meio da rede CNN e do site Buzzfeed. A Rússia negou que esse dossiê contra Trump exista, enquanto o republicano acusou a mídia de publicar "notícias falsas" e se recusou a responder a um repórter da CNN durante uma coletiva de imprensa.

Em meio à esta crise, Trump mudou o tom contra Moscou e admitiu pela primeira vez que hackers russos poderiam estar envolvidos em ataques contra computadores do Partido Democrata durante a campanha eleitoral no ano passado. Segundo ele, equipamentos do Partido Republicano também teriam sofrido uma tentativa de espionagem. A declaração vai na contramão da postura adotada pelo magnata durante toda a eleição, que era de amizade com o líder russo, Vladimir Putin, e de possível reaproximação entre Washington e Moscou.