Reino Unido acusa Al-Assad por ataque com armas químicas na Síria
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, responsabilizou hoje (5) o regime do presidente da Síria, Bashar al Assad, pelo ataque com armas químicas na cidade de Jan Shijun, no norte da Síria, que deixou 72 mortos, entre eles 20 crianças.
"Todas as provas que vi sugerem que foi o regime de Al-Assad o responsável, com total conhecimento que estavam usando armas ilegais em um ataque bárbaro contra gente comum", disse Johnson em Bruxelas, durante sua chegada para conferência internacional sobre a Síria.
"Eu não vi absolutamente nada que sugira ter sido alguém fora do regime", afirmou. "Eu gostaria que os responsáveis pagassem um preço por isto. Certamente, não vejo como um governo como esse pode continuar a ter alguma administração legítima sobre o povo da Síria", disse Johnson. Ele classificou de "bárbaro" o regime comandado por Al-Assad.
"Tudo isso confirma que se trata de um regime bárbaro, que torna impossível imaginar que possa continuar sendo uma autoridade do povo da Síria quando este conflito estiver terminado", afirmou o ministro britânico.
Críticas ao regime da Síria
Na sua opinião, os Estados Unidos, França, Alemanha e seu próprio país consideram que "não pode continuar com um regime que está disposto a usar armas ilegais contra seu próprio povo, um regime que matou centenas de milhares de seus próprios cidadãos".
"O que precisamos agora é um político para se livrar dele, um regime que dê uma oportunidade ao povo da Síria", afirmou.
O ministro afirmou que na conferência de hoje, em Bruxelas, "vamos discutir como podemos reunir fundos suficientes para cuidar dos países ao redor da Síria, que estão na primeira linha da calamidade e ajudam milhões de refugiados".