México diz que atos contra missão venezuelana na OEA ocorrem em "país livre"
O chanceler do México, Luis Videgaray, disse nesta segunda-feira (19) que a agressão verbal a diplomatas venezuelanos ocorrida no hotel sede da 47ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) são próprias de "um país livre." As informações são da Agência EFE.
No hotel há "um perímetro" onde o evento é feito e dentro dele há "todas as condições de trabalho", mas os protestos são próprios de "qualquer país livre", onde "existem portas abertas para qualquer pessoa da Venezuela ou de qualquer outro lugar do mundo", disse Videgaray em uma entrevista à Agência EFE.
O vice-chanceler venezuelano para a América do Norte, Samuel Moncada, acusou no último domingo (18) o governo mexicano de ser "cúmplice" das agressões "verbais" e "ameaças" que recebeu de "extremistas" de seu país ao chegar ao hotel Moon Palace, sede da Assembleia Geral da OEA em Cancún.
Moncada, que também representa a Venezuela na OEA, explicou à EFE que o ativista Gustavo Tovar-Arroyo agrediu verbalmente a missão venezuelana e fez ameaças quando estavam na recepção do hotel, onde acontece de 19 a 21 de junho a assembleia anual do organismo interamericano.
"É um hotel grande, onde chega gente por vontade própria. Chegaram muitos venezuelanos e, certamente, não se pode impedir que estejam em áreas não restritas", especificou nesta segunda-feira o chanceler mexicano.
Videgaray lembrou que Cancún é um "destino turístico muito grande", e afirmou que para governo mexicano é importante a participação venezuelana nesta cúpula.
A Venezuela é um dos protagonistas da reunião de hoje, prévia à inauguração oficial, e será objeto de debate entre chanceleres que pretendem aprovar uma declaração conjunta sobre a situação no país.
Desde o último domingo, venezuelanos residentes no México protestam em vários pontos de Cancún para pedir à Assembleia Geral que intervenha e freie a "crise humanitária" em seu país.