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Internacional

União Europeia critica destituição de procuradora-geral da Venezuela

Para Federica Mogherini, a destituição e a posse da Constituinte
Da EFE
Publicado em 07/08/2017 - 09:01
Bruxelas
Alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Federica Mogherini
© EPA/Andrej Cukic/Agência Lusa/Direitos Reservados

A representante da União Europeia (UE) para a Política Exterior, Federica Mogherini, afirmou nesta segunda-feira (7) que a tomada de posse da Assembleia Constituinte na Venezuela e a destituição da procuradora-geral, Luisa Ortega, dificultam a "volta pacífica à ordem democrática". As informações são da agência EFE.

"A posse da Assembleia Constituinte e suas primeiras ações, incluindo a remoção de Luisa Ortega de seu posto no Ministério Público, debilitaram ainda mais as perspectivas de uma volta pacífica à ordem democrática na Venezuela", destacou uma porta-voz de Mogherini em um comunicado.

Além disso, "aumentou a polarização de uma sociedade já dividida", lamentou.

A porta-voz insistiu que "não há alternativa relacionada às instituições legítimas, à separação de poderes e ao direito dos cidadãos a expressarem livremente sua opinião política".

"O Governo da Venezuela tem a responsabilidade de garantir o respeito à Constituição venezuelana", disse, reiterando que a UE "chama todos os atores na Venezuela a trabalharem para instalar a confiança necessária para uma solução negociada da crise institucional".

A UE pediu ao presidente Nicolás Maduro que "libere urgentemente todos os prisioneiros políticos e garanta o respeito ao Estado de Direito e aos direitos humanos".

A União Europeia, destacou o comunicado, "seguirá trabalhando com todos os parceiros, nacionais e internacionais, para garantir um apoio adequado a um retorno não violento à ordem democrática e uma solução aos apuros econômicos e sociais" nos quais se encontra o povo venezuelano.

No domingo (6), Maduro defendeu que a decisão da Assembleia Constituinte de remover a procuradora-geral era "necessária". Ele também defendeu a legalidade do órgão que reescreverá a Carta Magna venezuelana.

Os protestos da oposição a Maduro que começaram em abril causaram a morte de pelo menos 120 pessoas.