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Internacional

Brics deve pedir maior diálogo sobre Coreia do Norte, diz Aloysio Nunes

Ana Cristina Campos – Enviada especial da Agência Brasil*
Publicado em 03/09/2017 - 10:02
Xiamen (China)

Em Xiamen, na China, onde acompanha o presidente Michel Temer para a 9ª Cúpula do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, disse hoje (3) que o teste com bomba de hidrogênio realizado pela Coreia do Norte aumenta a urgência para que se contenha uma escalada armamentista no mundo.

“É apavorante. O mundo está ficando cada vez mais perigoso. É preciso deter essa escalada. O Brasil condena e apoia as resoluções da ONU aplicando sanções à Coreia do Norte em razão dos seus testes nucleares”, afirmou.

Nunes adiantou que, na declaração final da cúpula, os líderes do Brics vão reforçar o apelo à negociação e ao diálogo entre as partes envolvidas para resolver as tensões na Península Coreana. “Não há saída fora da negociação entre as partes interessadas”.

O regime de Pyongyang disse neste domingo ter realizado com sucesso seu teste com uma bomba de hidrogênio mais potente até o momento. Segundo a TV estatal norte-coreana, o artefato pode ser instalado em um míssil balístico intercontinental.

Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota condenando veementemente o teste nuclear. "O exercício militar que teria envolvido a detonação de bomba de hidrogênio constitui inaceitável ato de desestabilização da segurança na região".

Na nota, o governo brasileiro reitera apoio às resoluções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU) e defende o cumprimento delas pelo governo da Coreia do Norte

"O Brasil foi um dos líderes das negociações que resultaram na recente adoção, no âmbito da Organização das Nações Unidas, do Tratado de Proibição de Armas Nucleares. O uso pacífico da tecnologia nuclear é compromisso expresso na Constituição Federal do país", diz a nota do Itamaraty.

*A repórter viajou a convite do Centro de Imprensa China-América Latina e Caribe

Colaborou Felipe Pontes

Texto ampliado às 14h06