FAO prevê produção recorde de cereais no mundo em 2017
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Este ano, o Brasil deve impulsionar os grandes ganhos na produção global de grãos, ao lado da vizinha Argentina
A produção mundial de cereais pode atingir o recorde de 2,61 bilhões de toneladas em 2017, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O estudo Perspetivas de Safras e Situação Alimentar, lançado hoje (21) em Roma, prevê que a situação global do abastecimento alimentar melhore com as boas colheitas na América Latina e a recuperação das condições agrícolas na região da África Austral. A informação é da ONU News.
Este ano, o Brasil pode impulsionar os grandes ganhos na produção global, ao lado da vizinha Argentina. O país também vem citado no relatório pela sua influência no aumento da produção do milho e da cevada, tal como a Rússia.
A colheita total de cereais no Brasil deve chegar a 120 milhões de toneladas em 2017, cerca de 44% a mais do que no ano passado. Inclusive o aumento na produção brasileira de milho teve influência na baixa do preços do produto na América Latina no último trimestre.
A FAO prevê ainda que a produção global de arroz chegue ao máximo histórico de 503 milhões de toneladas este ano, um aumento de 0,5% em relação à estimativa revista em 2016. Na África, a produção total de cereais poderá crescer mais de 10%, após um aumento das safras de milho no sul do comtinente e de trigo no norte.
Choques climáticos
Os furacões no Caribe e as inundações na África Ocidental podem prejudicar a produção local apesar das tendências positivas a nível global com a esperada produção recorde de cereais em diversos países. De acordo com a FAO, na África o problema se agravou com os choques climáticos.
Além dos eventos climáticos, a agência da ONU destaca que os atuais conflitos civis em vários países afetam os progressos para a redução da fome. A agricultura e a segurança alimentar estão seriamente comprometidos em regiões como República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Iraque, norte da Nigéria, Somália, Sudão do Sul, Síria e Iêmen.
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