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Internacional

Abbas rejeita qualquer plano de paz dos EUA, em mensagem de Natal

Da Agência EFE
Publicado em 22/12/2017 - 13:34
JERUSALÉM
Presidente palestino, Mahmoud Abbas, durante coletiva de imprensa no Palácio do Eliseu, em Paris
© REUTERS/Francois Mori
Presidente palestino, Mahmoud Abbas, durante coletiva de imprensa no Palácio do Eliseu, em Paris 22/12/2017

Presidente palestino, Mahmoud AbbasREUTERS/Francois Mori

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse hoje (22) em mensagem natalina que os palestinos não aceitarão nenhum plano de paz proveniente dos Estados Unidos, como resposta à postura do presidente Donald Trump sobre Jerusalém. A informação é da agência EFE.

Em carta de Natal para os cristãos, Abbas escreveu que, devido ao "apoio partidário da Casa Branca a Israel e à sua política de assentamentos", os palestinos não "aceitarão nenhum plano dos EUA".
O texto também indica que o plano americano "não estará baseado na solução de dois Estados com base nas fronteiras de 1967, nem baseado na lei internacional ou nas resoluções da ONU".

A carta do governante palestino foi enviada enquanto este se reunia com o presidente francês, Emmanuel Macron, ao final do ciclo de conversas internacionais que os palestinos estão empreendendo como resposta ao reconhecimento de Trump de Jerusalém como capital de Israel, segundo informou o jornal israelense Haaretz.

A decisão de Trump, que Abbas classificou em sua carta como um "insulto para milhões de pessoas no mundo e também para a cidade de Belém", tem enfrentado nos últimos dias a oposição das igrejas cristãs locais.

"Nesta época do ano, as almas de milhões de pessoas se voltam para Belém para celebrar o nascimento de Jesus Cristo, o mensageiro do amor, da paz e da justiça. Belém, o berço da esperança, continua afetada pelas políticas israelenses. Infelizmente, os EUA decidiram premiar essas políticas, reconhecendo Jerusalém como capital de Israel", escreveu Abbas.

"E é pela decisão de apoiar esta ilegalidade e a aberta violação dos nossos direitos que não vamos aceitar os EUA como mediador do processo de paz nem aceitar nenhum plano da sua parte. Os EUA decidiram tomar partido", completou o presidente palestino.

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