EUA vetam e criticam decisão do Conselho de Segurança da ONU sobre Jerusalém


Embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley
Os Estados Unidos vetaram nesta segunda-feira (18) uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que solicitava que o país voltasse atrás em seu reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel e na decisão de mudar sua embaixada para essa cidade. O texto, apresentado pelo Egito, recebeu o apoio de 14 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança, mas Washington utilizou o seu poder de veto para impedir a aprovação. A informação é da EFE.
O presidente americano Donald Trump reconheceu neste mês Jerusalém como a capital israelense, rompendo décadas de consenso internacional, segundo o qual o status final da cidade deve ser estipulado em um processo de paz entre israelenses e palestinos.
"Nenhum país vai dizer aos Estados Unidos onde podemos colocar nossa embaixada", disse a representante americana na ONU, Nikki Haley, após usar pela primeira vez o seu direito de veto desde que assumiu o cargo. Ela considerou como um "insulto" a votação na ONU contrária ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e afirmou que o governo americano não se esquecerá desse episódio.
Nikki alegou que a medida de Trump sobre o Jerusalém é uma decisão "soberana" de seu país e que supõe um "reconhecimento do óbvio". Além disso, a embaixadora insistiu que o movimento não prejudica em nada o processo de paz no Oriente Médio, que está bloqueado há anos, e considerou as mensagens nesse sentido como "acusações que causam indignação".
EUA isolados
A resolução vetada pelos Estados Unidos reiterava a doutrina da ONU sobre Jerusalém e lamentava as "recentes decisões" sobre o status da cidade, em referência à medida de Trump. Além disso, a resolução pedia que fosse rescindida qualquer decisão contrária ao estabelecido pelas Nações Unidas em relação a Jerusalém e, especificamente, pedia que os Estados evitassem estabelecer missões diplomáticas na cidade.
Os EUA ficaram totalmente sozinhos em sua oposição ao texto, pois os membros restantes do Conselho de Segurança o apoiaram, entre eles tradicionais aliados de Washington como o Reino Unido e a França.
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