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Internacional

Após anúncio de Trump, Hamas convoca palestinos a começar terceira Intifada

Da EFE*
Publicado em 07/12/2017 - 10:03
Gaza
Belém, Cisjordânia Palestinos pintam um X sobre o rosto do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, após a convocação do Hamas para iniciar a terceira Intifada

Belém, Cisjordânia – Palestinos pintam um X sobre o rosto do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, após a convocação do Hamas para iniciar a terceira IntifadaAbed Al Hashlamoun/EFE/direitos reservados

O chefe político do movimento islamita Hamas, Ismail Haniyeh, convocou nesta quinta-feira (7) os palestinos a começar amanhã uma terceira Intifada, depois do reconhecimento na quarta-feira do presidente americano, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel. O termo Intifada vem do árabe e significa levante ou revolta. Se refere às manifestações palestinas contra a política de expansão de Israel na região. As informações são da EFE.

"Amanhã, sexta-feira, 8 de dezembro será um dia de ira e o começo de uma nova Intifada chamada Libertação de Jerusalém", disse o líder islamita em entrevista coletiva na Cidade de Gaza.

Para Haniyeh, "a decisão de Trump marca o final de uma fase política e significa um ponto de inflexão histórica para a causa palestina".

"Afirmamos que Jerusalém está unida, não é oriental nem ocidental, e vai continuar sendo a capital da Palestina, de toda a Palestina", declarou o dirigente do Hamas, que enfatizou "Trump se arrependerá da sua decisão".

Haniyeh pediu uma reunião com todas as partes palestinas para discutir a situação atual e acertar as medidas políticas a serem tomadas diante dos eventos.

"Devemos tomar decisões, formular políticas e desenvolver uma estratégia para nos opor ao novo complô em Jerusalém e na Palestina", declarou o dirigente.

Por outro lado, segundo declarou em entrevista coletiva o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala, que chegou a Gaza na manhã de hoje, "Jerusalém é a capital da Palestina", e segundo ele, este fato é mais importante que qualquer ação ou decisão que se possa tomar a partir dos EUA.

Desde a declaração de Trump, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) rejeitou os EUA como mediador para o processo de paz na região.

Hamdala disse em entrevista coletiva que se oporá à decisão de Trump com união nacional. Segundo o primeiro-ministro, "a Palestina voltará às fronteiras de 1967 com Jerusalém como capital".

Israel

O Exército de Israel posicionou "uma série de batalhões" na Cisjordânia após as declarações de Trump. "O desdobramento de batalhões assim como de unidades de combate de inteligência e de defesa territorial respondem à preparação do Exército para possíveis desenvolvimentos dos eventos", diz um comunicado do Exército.

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