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Internacional

Procurador pede pena máxima para vice-presidente do Equador no caso Odebrecht

Da Agência EFE
Publicado em 07/12/2017 - 17:21
Quito

O procurador-geral do Equador, Carlos Baca Mancheno, pediu nesta quinta-feira (7) a pena máxima de prisão para o vice-presidente afastado do país, Jorge Glas, acusado de formação de quadrilha no escândalo de propinas da construtora Odebrecht. A informação é da agência EFE.

Mancheno apresentou hoje suas alegações finais contra Glas e outros 12 acusados do mesmo crime. A pena máxima de prisão para o vice-presidente nesse caso, segundo o Código Penal do Equador, é de seis anos de reclusão, informou a Procuradoria-Geral.

De acordo com o pedido, foi considerado como agravante o fato de Glas ser parte do governo, portanto responsável por todas as anomalias que foram registrados em setores sob seu comando.

O procurador-geral acusa Glas de ter recebido US$ 13,5 milhões em pagamentos feitos pela Odebrecht através de duas empresas. O dinheiro teria sido pago em troca da vitória na licitação de cinco projetos quando o vice-presidente era responsável de setores estratégicos do país, entre 2012 e 2016.

Em sua alegação final, Mancheno explicou como foi cometido o crime de associação ilícita através de testemunhos e perícias de análise financeira, que corroboraria as transferências das propinas feitas pela Odebrecht no Equador, superiores a US$ 33,5 milhões.

No início do julgamento, que se aproxima de sua segunda semana, Glas disse confiar que a Justiça agiria com probidade, dentro do estado de direito e não sob um "estado de opinião". O advogado do vice-presidente, Eduardo Franco Loor, indicou na véspera do julgamento que a Procuradoria-Geral não apresentou evidências para provar as acusações contra Glas.

Glas está preso preventivamente desde 2 de outubro. Em agosto, por causa de diferenças políticas, ele já tinha sido afastado de suas funções pelo presidente do Equador, Lenín Moreno.

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