Mercosul dá início a negociações com Canadá e avalia acordo com a UE em Assunção
Ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, confirmou hoje (6) que o Mercosul e o Canadá darão início na próxima sexta-feira (9), em Assunção, às negociações na busca de um tratado de livre-comércio "amplo" entre o bloco sul-americano e o país americano. A informação é da EFE.
A reunião incluirá os chanceleres do bloco regional (Loizaga pelo Paraguai, Jorge Faurie pela Argentina, Aloysio Nunes pelo Brasil e Rodolfo Nin Novoa pelo Uruguai) e o ministro de Comércio do Canadá, François-Philippe Champagne, com os negociadores desse país.
"Com este lançamento, se conclui o trabalho prévio vinha sendo feito entre o Mercosul e o Canadá. Há um esquema de temas que vão ser considerados no processo negociador", disse o chanceler do Paraguai, país que ostenta a presidência temporária do Mercosul.
Negociações com a UE
Também na sexta-feira (9) os ministros de Relações Exteriores do Mercosul avaliarão em Assunção como estão as negociações do bloco com a União Europeia (UE) para assinar um tratado de livre-comércio, que segue em aberto após uma rodada de duas semanas na capital paraguaia, informou Eladio Loizaga.
O tema será tratado pelos ministros do Brasil, do Paraguai, da Argentina e do Uruguai aproveitando que estão na capital para as negociações de um tratado de livre-comércio entre o bloco e o Canadá.
O ministro de Relações Exteriores do Paraguai disse aos jornalistas que o processo de negociações com a UE está perto do fim, mas que para a conclusão é preciso encontrar um meio-termo.
"Sempre tem algum avanço, mas uma negociação é uma negociação. Não estamos longe, mas há questões sensíveis de ambos os lados e temos que encontrar um ponto intermediário onde essas sensibilidades não afetem nem um nem outro", declarou Loizaga.
Ele ressaltou que "o desejo de todos" é "poder liquidar" as negociações de um acordo de livre-comércio com a UE durante "a presidência do Paraguai", que irá até o fim de junho.
"Precisamos ter um maior mercado e um dos principais mercados do mundo é a União Europeia", enfatizou o chanceler.
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