Peru: Keiko pede que Kuczynski se afaste por causa de ligação com Odebrecht
A líder da oposição do Peru, Keiko Fujimori, afirmou nessa terça-feira (6) que o presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski, "deve se afastar" para evitar que o Congresso o retire do cargo por causa de "sérias questões" que existem pela sua ligação com a construtora Odebrecht. A informação é da Agência EFE.
"Diante dessa situação tão complexa, onde há sérias questões de corrupção contra o presidente e, além disso, vemos um país paralisado, acredito que o presidente da República deve se afastar", disse Keiko no programa jornalístico Beto a saber, da emissora local ATV.
Para ela, que interrompeu um período de mais de um ano sem falar com jornalistas, em caso de o governante não renunciar, existe um pedido de vacância (destituição) que "está gerando um consenso bastante amplo" no Congresso.
"Eu acho que [a renúncia] aliviaria essa situação de debater uma nova moção de vacância", comentou antes de assegurar que seu partido tomará hoje uma decisão sobre o pedido no Congresso.
Keiko enfatizou que a Força Popular "não está planejando novas eleições" e "será absolutamente respeitoso" com a ordem constitucional. Segundo ela, a presidência deve ser assumida pelo primeiro vice-presidente, Martín Vizcarra. "Eu penso que o senhor Vizcarra, que também se manifestou dizendo que não renunciaria, poderia dar maior impulso ao nosso país".
Durante a entrevista, Keiko negou que seu partido tenha recebido US$ 1,2 milhão da Odebrecht para financiar a campanha eleitoral de 2011, como disse na semana passada o ex-representante da construtora no Peru Jorge Barata.
Keiko assegurou que Barata disse aos promotores peruanos que investigam o caso Odebrecht que não a conhece e não teve nenhum tipo de contato com ela. "A investigação poderá levar a conhecer a verdade", afirmou, acrescentando que "há um viés e uma intenção de enfraquecer a Força Popular" com esse caso.
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