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Internacional

Bangladesh e Acnur firmam acordo sobre retorno voluntário de rohingyas a Mianmar

Da ONU News
Publicado em 13/04/2018 - 13:21
Genebra (Suíça)
O retorno dos rohingya precisa de ser seguro, voluntário e digno, segundo os padrões internacionais
© OIM/Olivia Headon
O retorno dos rohingya precisa de ser seguro, voluntário e digno, segundo os padrões internacionais.

O retorno dos rohingya precisa de ser seguro, voluntário e digno, segundo padrões internacionaisOIM/Olivia Headon

A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e o governo de Bangladesh firmaram nesta sexta-feira (13) um Memorando de Entendimento sobre o retorno voluntário de refugiados rohingya para Mianmar. A informação é da ONU News.

O acordo de cooperação foi assinado em Genebra pelo alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, e pelo secretário de Relações Exteriores de Bangladesh, Shahidul Haque.

Mais de 670 mil rohingyas fugiram de Mianmar desde agosto do ano passado, devido à violência no estado de Rakhine, buscando abrigo junto a outros 200 mil que já estavam vivendo em Bangladesh. Segundo a Acnur, o acordo busca ajudar essa população a voltar para Mianmar, mas apenas quando as condições forem propícias.

Seguro, voluntário e digno

A agência da ONU destaca que o retorno da minoria rohingya precisa ser seguro, voluntário e digno, seguindo padrões internacionais, mas ressalta que as condições em Mianmar ainda não são adequadas para a volta dos mesmos.

Segundo a Acnur, as autoridades de Mianmar são responsáveis por criar essas condições, o que deve ir além da infraestrutura e da logística. Muitos refugiados em Bangladesh declararam que, para voltar, querem “ver progressos concretos em relação ao seu estado legal e cidadania”, além de ter a certeza de que poderão ter seus direitos básicos no estado de Rakhine.

Acesso

A Acnur agradeceu mais uma vez ao governo bangalês pela “hospitalidade, proteção e assistência fornecida a esses refugiados”. A agência continua pedindo a Mianmar para tratar as causas do deslocamento da população rohingya e fornecer acesso de equipes das Nações Unidas ao estado de Rakhine, para que a Acnur possa checar as condições no local.