ONU inicia plano para atender 350 mil venezuelanos na Colômbia
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU iniciou um plano para atender 350 mil venezuelanos dos cerca de 660 mil que chegaram à Colômbia e amenizar assim a crise humanitária na região fronteiriça, anunciou nesta quinta-feira (26) o diretor regional da agência, Miguel Barreto.
A informação é da EFE.
"O objetivo é chegar às cerca de 350 mil pessoas que chegaram da Venezuela, particularmente os mais vulneráveis, mulheres e crianças, de uma maneira rápida", comentou Barreto em entrevista à Agência Efe na capital colombiana.
Segundo os dados com os quais conta o PMA, 90% dos milhares de venezuelanos que a cada dia chegam à Colômbia têm algum tipo de insegurança alimentar. E o objetivo do plano da ONU é o de "reduzir os riscos gerados por uma crise humana devido a temas de segurança alimentar, nutricional e de saúde", acrescentou Barreto.
Por isso, é necessário abordar a crise “com rapidez", razão pela qual o PMA preparou uma equipe e estabeleceu três subescritórios nos departamentos fronteiriços colombianos de La Guajira, Norte de Santander e Arauca "para responder diretamente a estas necessidades, por solicitação do governo da Colômbia".
Cesta básica e comida
Para iniciar o projeto, o PMA fará "transferências financeiras, que podem ser através de cupons ou cartões eletrônicos" para que os venezuelanos possam ter acesso a supermercados "através de uma cesta pré-definida e de uma campanha de informação nutricional que lhes permita saber como usar estes alimentos de uma maneira muito mais eficiente".
"Serão repassados aproximadamente US$ 38 por mês por cada membro da família por três meses. Estamos falando de populações altamente vulneráveis, particularmente de mulheres com crianças pequenas", ressaltou o diretor regional do PMA.
Para os que se encontram integrados em comunidades, algumas em áreas pobres da Colômbia, o PMA dará "apoio de maneira aberta, sem distinguir se são colombianos ou venezuelanos" para prestar socorro a todos.
Além disso, a agência da ONU trabalhará para "aumentar o nível de apoio às escolas", particularmente em La Guajira, onde há vários casos de desnutrição infantil.