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Internacional

Cuba conclui identificação de vítimas de acidente aéreo

Agência EFE
Publicado em 27/05/2018 - 15:30
Havana
Trabalho das equipes no local em que caiu o avião em Havana
© Ariel Cecilio Lemus/Granma/Direitos Reservados
Agência EFE

O Instituto Médico-Legal de Cuba concluiu a identificação das 110 vítimas que morreram no acidente aéreo ocorrido em Havana no dia 18 de maio, quando um avião da companhia aérea Cubana de Aviação que tinha acabado de decolar do aeroporto da capital caiu.

O chefe dos legistas, Sergio Rabell, disse neste domingo em entrevista coletiva que a identificação "absoluta" de cada uma das vítimas terminou no sábado (26) após oito dias de complexo trabalho devido aos traumatismos provocados pela queda da aeronave.

No voo DMJ-972, que faria a rota nacional Havana-Holguín (aproximadamente 700 quilômetros de distância) viajavam 113 pessoas, das quais 110 morreram no acidente e duas, no hospital dias depois da queda da aeronave.

Rabell ressaltou que a participação de parentes das vítimas foi determinante pelo fornecimento de dados fundamentais que possibilitaram a identificação da identidade, assim como de fotos e documentos que, junto com o reconhecimento de peças de roupa e componentes do vestuário, puderam orientar os médicos no processo de identificação.

A análise de um vídeo do momento da abordagem ao avião acidentado, imagens que foram recuperadas dos celulares de alguns passageiros e descrições das pessoas que estiveram em contato com eles antes da decolagem do voo também facilitaram os trabalhos, segundo ele.

Rabell indicou que os exames de datilografia, antropologia, estomatologia e de DNA feitos pelos legistas cubanos permitiram estabelecer com caráter "absoluto" a identidade das vítimas.

Dos mortos, 101 eram de nacionalidade cubana e 11 eram estrangeiros: dois argentinos, dois africanos (um deles com passaporte espanhol) e sete mexicanos, entre eles os seis integrantes da tripulação do avião.

A única sobrevivente da tragédia, a cubana Maylén Díaz, de 19 anos, permanece internada em estado crítico no Hospital Calixto García, de Havana.

Cerca de 500 pessoas, entre médicos forenses e pessoal de criminalística e do Ministério de Saúde Pública, estiveram envolvidas no processo de reconhecimento das vítimas do acidente, o maior deste tipo ocorrido nas últimas três décadas na ilha.

O diretor da instituição de Medicina Legal de Cuba disse que, a princípio, tinha estimado que as tarefas de reconhecimento se prolongariam por um mês, mas, ao iniciar os protocolos estabelecidos para estes casos, trabalhou-se "intensamente" durante 24 horas por dia.

O avião era um Boeing 737-200 construído em 1979 que a Cubana de Aviação tinha alugado apenas um mês antes da catástrofe da companhia mexicana Global Air, que teve suas atividades suspensas temporariamente no México enquanto os fatos são esclarecidos.