EUA expulsam diplomatas venezuelanos e dão 48 horas para saída do país
O governo dos Estados Unidos determinou a expulsão de dois diplomatas venezuelanos, aos quais deu 48 horas para que abandonem o país. São eles o chefe de Negócios da Venezuela em Washington, Carlos Ron Ramírez, e o vice-cônsul venezuelano em Houston (Texas).
A ordem é uma resposta, segundo o Departamento de Estado norte-americano, à decisão de terça-feira (22) da Venezuela, de expulsar o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Caracas, Todd Robinson, e seu segundo, Brian Naranjo, chefe da seção política da embaixada.
Tanto Ron Ramírez quanto Robinson eram representantes de mais alto nível dos dois países nas suas respectivas missões diplomáticas, já que Washington e Caracas não trocaram embaixadores por oito anos.
O presidente venezuelano reeleito, Nicolás Maduro, anunciou a expulsão dos diplomatas durante um ato em que foi proclamado reeleito, e afirmou que Robinson atuou como "conspirador" no país caribenho.
O Departamento de Estado, em comunicado, informou que "as acusações por trás da decisão do regime de Maduro são injustificadas".
Além disso, garantiu que os diplomatas expulsos por Caracas "cumpriram suas obrigações oficiais de maneira responsável" e de acordo com as normas internacionais assinadas na Convenção de Viena sobre Relações Consulares.
"Nós rejeitamos qualquer sugestão em sentido contrário", disse.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, já tinha avisado ao governo de Nicolás Maduro sobre uma resposta "recíproca" à expulsão dos dois diplomatas.
Portanto, antes da esperada expulsão de Ron Ramírez, Maduro o nomeou vice-ministro das Relações Exteriores para a América do Norte e deixou vago, por enquanto, o cargo de encarregado de negócios em Washington.