Homem morto no ataque de Paris é um jovem de 29 anos
Um jovem de 29 anos morreu vítima de um ataque cometido ontem (12) por um homem armado com uma faca, que feriu outras quatro pessoas na região de Ópera, no centro de Paris, informou neste domingo (13) o ministro do Interior, Gérard Collomb.
Segundo o ministro, os feridos estão fora de perigo, mas dois deles, um homem de 34 anos e uma mulher de 54, têm ferimentos graves e os outros dois, de 26 e 31 anos, têm lesões leves.
Collomb, que deu novas informações sobre o atentado durante sua visita esta madrugada ao hospital Georges-Pompidou de Paris, prestou homenagem ao jovem morto, quem foi atingido pelo agressor enquanto caminhava pela rua.
"De novo a juventude da França foi golpeada esta noite", lamentou o ministro, que convocou para hoje reunião do Estado Maior, que reúne as principais figuras da polícia e dos serviços secretos.
Um jovem russo de origem chechena, nascido em 1997, é o suposto agressor do ataque. A imprensa francesa afirma que os pais do rapaz, que morreu atingido pelos disparos das forças policiais, foram postos sob custódia policial.
A polícia identificou o agressor por suas impressões digitais.
A Promotoria antiterrorista abriu ontem à noite uma investigação por "associação terrorista criminosa para preparar crimes contra as pessoas assim como as acusações de assassinato e tentativa de assassinato contra pessoas depositárias da autoridade pública com fins terroristas".
O procurador de Paris, François Molins, disse que foram determinantes o modo de ação do suspeito, esfaqueando pedestres ao acaso, e o fato de que tivesse gritado "Allahu Akbar" (Alá é maior) no momento do ataque.
Estado Islâmico
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu neste domingo a autoria do ataque. Um breve comunicado divulgado pela agência Amaq, vinculada ao EI, e cuja autenticidade não pôde ser confirmada, assegura que o ataque foi efetuado por um "soldado do Estado Islâmico".
A Amaq, que cita "uma fonte de segurança", afirma que o atentado foi cometido "em resposta aos chamados [para atacar países] da coalizão" internacional, comandada pelos Estados Unidos contra o EI.
Emmanuel Macron
O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou nesse sábado a morte do jovem e os quatro feridos no ataque e garantiu que a França "não cederá um milímetro perante os inimigos da liberdade".
"Dirijo meus pensamentos tanto a todas as vítimas e aos feridos do ataque com uma faca ocorrido esta noite em Paris como aos seus próximos. Felicito, além disso, em nome dos franceses, os policiais que neutralizaram o terrorista", escreveu Macron em sua conta no Twitter.
Segundo o presidente, "a França paga de novo um preço de sangue, mas não cederá um milímetro perante os inimigos da liberdade".
Caso se confirme a motivação terrorista, o ataque seria o atentado jihadista mais grave ocorrido em Paris desde 20 de abril de 2017, quando Karim Cheurfi assassinou a tiros um policial, Xavier Jugelé, em plena avenida Champs Élysees.
A capital francesa já foi duramente golpeada pelo jihadismo, especialmente em 13 de novembro de 2015, quando um comando terrorista matou 130 pessoas em diferentes ataques na casa de show Bataclán, na área do bulevar Voltaire e perto do Stade de France.
O incidente de ontem à noite se assemelha ao ocorrido no dia 1º de outubro do ano passado em Marselha, no sul da França, quando um indivíduo esfaqueou dois jovens na estação de trens Saint-Charles
*Com informações da Agência EFE