IML cubano identifica 74 das 112 vítimas de acidente aéreo em Havana
O Instituto de Medicina Legal (IML) de Cuba identificou, até o momento, 74 das 112 pessoas que morreram há uma semana na queda de um avião da companhia Cubana de Aviación, que tinha acabado de decolar do aeroporto de Havana.
Nessa apuração não estão incluídas as duas mulheres que sobreviveram ao acidente e morreram nos dias posteriores em um hospital da capital.Permanece internada uma terceira mulher, agora a única sobrevivente do acidente.
Do total de corpos reconhecidos, 64 são cubanos e dez correspondem a estrangeiros que viajavam na aeronave: dois argentinos, duas saarauís e seis mexicanos, entre os quais estão cinco dos seis integrantes da tripulação.
Dos tripulantes só falta identificar a aeromoça María Daniela Ríos Rodríguez. Foram pedidas ao México informações de sua arcada dentária, segundo o legista Jorge González, citado pelo site oficial Cubadebate.
O especialista, conhecido por sua participação nos trabalhos de reconhecimento dos restos mortais do guerrilheiro Ernesto Che Guevara na Bolívia, afirmou que o trabalho dos peritos foi "intenso" devido ao fato de que as vítimas apresentavam múltiplos traumatismos e muitas delas estavam queimadas.
González considerou que nesse estado se torna "quase impossível" obter informação para a identificação dos corpos, mas ressaltou que, apesar disso, em cinco dias a equipe de medicina legal conseguiu reconhecer 68% do total de 112 mortos no acidente.
Além disso, ele destacou a colaboração das instituições e dos familiares, que fizeram todo o possível para ajudar na identificação.
O acidente aéreo ocorreu no último dia 18, quando o Boeing 737-200, que operava o voo DMJ-972 com destino a Holguín (700 quilômetros ao leste de Havana), caiu minutos depois de decolar do Aeroporto Internacional José Martí por causas que ainda estão sendo investigadas.
O avião pertencia à companhia aérea mexicana Global Air e à Cubana de Aviación e operava em regime de aluguel.