Israel ataca alvos iranianos na Síria após disparo de foguetes
Israel atacou ao longo da noite de quarta-feira (9), dezenas de alvos militares do Irã na Síria, após sofrer o lançamento de 20 foguetes, dos quais, quatro foram interceptados e o restante caiu em solo sírio, asseguraram fontes militares.
"Nós atacamos dezenas de alvos militares na Síria", disse a um grupo de jornalistas, entre eles à Agência Efe, o porta-voz militar Jonathan Conricus, acrescentando que "estiveram nesta operação várias semanas, quase um mês, onde conseguimos frustrar vários ataques iranianos".
"O ataque da noite passada foi um dos mais graves da Força Quds da Guarda Revolucionária contra a soberania israelense, foi ordenado e comandado pelo general Soleimani e não atingiu seus objetivos", acrescentou.
Nenhum dos 20 foguetes do tipo Grad e Fajr que foram lançados contra Israel caíram no país, quatro deles foram interceptados e resto deles impactaram na Síria.
O ataque iraniano foi lançado dos arredores de Damasco, cerca de 30 ou 40 quilômetros da fronteira e "foi muito grave" apesar de não ter deixado vítimas e apenas provocou poucos danos materiais.
A operação israelense de ontem à noite "é uma das maiores realizadas pela Força Aérea nos últimos anos e a maior contra alvos iranianos. Foram atacados dezenas de alvos: centros de inteligência, bases militares, armazéns, mísseis balísticos e um veículo que servia como plataforma de lançamento dos foguetes".
"Estamos focados em destruir as capacidades iranianas na Síria, mas não em ferir as pessoas. Destruímos um trabalho de meses do Irã ali", afirmou Conricus, confirmando que "todos os alvos atacados foram destruídos e nossos aviões voltaram sem danos".
"Isto é algo que tínhamos previsto, mas a Inteligência e a Força Aérea e outras forças foram capazes de minimizar os danos" e que, apesar disso, ainda advertiu a Síria para não intervir, os aviões de combate enfrentaram o "fogo em massa das defesas antiaéreas" sírias.
Entre os alvos na Síria atacados por Israel estão: centros de inteligência associada com o Irã e o Eixo Radical, uma sede de logística da Força Quds, uma instalação militar logística em Al Kiswa, um complexo militar iraniano ao norte de Damasco e armazéns de munição da Força Quds no aeroporto de Damasco.
Também foram destruídos sistemas de inteligência e postos associados com a Força Quds, postos de observação militar e de munição na região da fronteira e um lançador iraniano de onde saíram os foguetes para Israel.
As autoridades decidiram que a vida civil no território ocupado das Colinas de Golã seguira normalmente, então haverá aulas e todos sairão para o trabalho. Mas pedem aos cidadãos que se mantenham em alerta.