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Internacional

Cunhado do rei Felipe VI começa a cumprir pena de prisão na Espanha

Iñaki Urdangarin foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão
Agência Brasil*
Publicado em 18/06/2018 - 19:02
Brasília

O cunhado do rei Felipe VI da Espanha, Iñaki Urdangarin, está desde hoje (18) cumprindo pena de cinco anos e dez meses de prisão. A condenação foi decidida pela Corte Suprema espanhola. Urdangarin é marido da infanta Cristina. Ele cumprirá pena na pequena prisão de Brieva, na província de Ávila, perto de Madri.

Urdangarin, que chegou ontem à noite ao aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas procedente de Genebra (Suíça), onde residia com sua esposa e seus quatro filhos, podia escolher o centro penitenciário para cumprir a condenação como qualquer cidadão que, no momento de ir para a prisão, esteja em liberdade.

A penitenciária de Brieva, situada a sete quilômetros da cidade de Ávila, foi construída em 1989 e, com 43.540 metros quadrados, é um centro de pequeno tamanho, com 162 celas, segundo dados das instituições penitenciárias.

Urdangarin foi condenado pelo desvio de vários milhões de euros de dinheiro público para uma fundação sem fins lucrativos que ele mesmo presidia.

O Supremo, que reduziu em cinco meses a pena de Urdangarin, ratificou na semana passada a condenação inicial por desvio, prevaricação, fraude contra a administração, dois crimes fiscais e tráfico de influência, mas o absolveram de falsificação de documento público.

É a primeira vez na história moderna da Espanha que um parente de um monarca vai para a prisão, após um processo judicial que durou 12 anos.

A prisão de Urdangarin coincidiu com a estadia dos reis da Espanha em San Antonio (Texas), a 8.300 quilômetros de Madri, onde hoje terminam sua visita e viajam para Washington para se reunir amanhã com o presidente dos EUA, Donald Trump, e sua esposa, Melania.

Quando a resolução do Supremo foi divulgada, no último dia 12, a Casa do Rei expressou seu “respeito absoluto à independência do Poder Judiciário”.

Tanto a infanta como seu marido foram afastados de toda atividade institucional no final de 2011, dias antes de Urdangarin ser acusado.

Posteriormente, deixaram de ser membros da Família Real após a abdicação de Juan Carlos I e a proclamação de Felipe VI, em 19 de junho de 2014.

*Com informações da Agência EFE.