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Internacional

Guatemala pede aos EUA status especial para migrantes

Agência EFE
Publicado em 26/06/2018 - 08:29
Cidade da Guatemala
Agência EFE

O governo da Guatemala solicitou, nessa segunda-feira (25), aos Estados Unidos o Status de Proteção Temporário (TPS) para seus migrantes, devido à catástrofe provocada pela erupção do Vulcão de Fogo, que deixou pelo menos 112 mortos no país.

"Cumprindo instrução do presidente Jimmy Morales, remeti nota ao governo dos Estados Unidos para solicitar TPS em favor de nossos irmãos migrantes nesse país", disse a ministra de Relações Exteriores, Sandra Jovel, em mensagem nas redes sociais.

Desde que assumiu o poder em 2016, Morales formulou quatro pedidos de TPS para os guatemaltecos que vivem nos Estados Unidos. São cerca de 3 milhões, a maioria em situação irregular. O país, no entanto, nunca teve uma resposta positiva.

Agora, o governo guatemalteco fez o pedido por meio de "uma nota diplomática", alegando "a catástrofe provocada pelo Vulcão de Fogo", acrescentou a porta-voz da chancelaria, Marta Larra, ao ser questionada sobre os motivos da solicitação.

No entanto, Marta Larra não foi clara na hora de dar mais detalhes e se limitou a responder que é necessário enfrentar as "sequelas" da erupção. Acrescentou que, para começar,  a medida tem como objetivo "beneficiar os cidadãos que vivem de maneira irregular" nos Estados Unidos "com uma licença de trabalho que evite sua deportação".

Por sua vez, Jimmy Morales disse, nas redes sociais, que a instrução à ministra de Relações Exteriores se deve ao fato de que "a política migratória sempre foi uma prioridade" para o seu governo.

Durante audiência no Congresso, o vice-chanceler Pablo García afirmou que o pedido levou em conta a explosão do vulcão no último dia 3 de junho, que deixou pelo menos 112 mortos, mais de 50 feridos e quase 2 milhões de pessoas afetadas.

A petição foi feita depois das medidas de "tolerância zero", implementadas pelo governo de Donald Trump desde abril deste ano, que provocaram a separação de mais de 2 mil menores - 462 guatemaltecos - de suas famílias.