Israel bombardeia Hamas após Gaza lançar balões incendiários
A aviação israelense bombardeou nesta segunda-feira (18) uma posição do movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, após o lançamento de globos incendiários do enclave em direção ao território israelense.
"Um avião do Exército atingiu uma infraestrutura que pertence à organização terrorista Hamas no sul da Faixa de Gaza, depois que um grupo de terroristas lançou balões incendiários perto do território israelense", segundo um comunicado militar.
O ministro da Defesa israelense, Avigdor Liberman, advertiu hoje que Israel não permitirá que Gaza continue lançando artefatos incendiários, que nos últimos meses causaram centenas de incêndios em Israel.
"Se alguém pensa que será possível continuar com as pipas e os incêndios diários, está errado", declarou Liberman.
O Exército tinha lançado nas últimas semanas disparos de advertência perto dos grupos que preparam pipas e balões com artefatos e objetos incendiários, e destruiu com um bombardeio o carro de um palestino considerado líder deste movimento.
"Nos últimos dias, o Exército advertiu em inúmeras ocasiões contra esses lançamentos. São atos terroristas que põem em perigo os residentes do sul de Israel", apontou.
Hoje um palestino de 13 anos morreu por conta dos ferimentos causados por fogo israelense no protesto de 8 de junho em Gaza, e outro palestino morreu em uma explosão no muro de separação com Israel quando um grupo se aproximou da fronteira.
Segundo o Exército, este grupo de cinco palestinos, aos quais qualificou de "terroristas", tentou sabotar uma estrutura de segurança no muro na região norte de Gaza.
Além disso, nesta madrugada Israel disparou contra nove posições do Hamas no norte como resposta ao primeiro ataque com projéteis lançado desde a Faixa em mais de duas semanas, que rompe o cessar-fogo implícito alcançado em 29 de maio, quando as milícias lançaram quase mais de 20 de bombas contra Israel.
Desde o início dos protestos da denominada Grande Marcha do Retorno, em 30 de março, 130 palestinos morreram por fogo de soldados israelenses nas mobilizações e incidentes violentos na fronteira e foram lançados centenas de artefatos incendiários, que causaram graves danos em território israelense.