Navio com 932 imigrantes chega ao porto de Catânia, na Itália
Um navio da Guarda Costeira italiana, com 932 imigrantes a bordo e dois corpos, chegou nesta quarta-feira (13) a Catânia, na Sicília (Itália), enquanto outra embarcação de uma organização não governamental (ONG) alemã permanece na costa da Líbia, aguardando a autorização para desembarcar em algum porto.
Os imigrantes que chegaram à Catânia foram resgatados no último domingo (10), em sete operações distintas, por embarcações da missão europeia EUNavforMed e alguns mercantes, e depois transferidos para o barco de patrulha da Guarda Costeira Diciotti.
No total, foram resgatados 937 imigrantes e retirados dois corpos encontrados nos barcos em que viajavam.
Durante a travessia para a Catânia, foi feita uma parada em Lampedusa para a retirada de cinco deles, quatro mulheres grávidas e um menor, que foram imediatamente transferidos para hospitais sicilianos.
O novo desembarque em massa ocorre depois que as autoridades da Itália e de Malta negaram autorização para que o navio Aquarius, da ONG SOS Méditerranée e Médicos Sem Fronteiras, com 630 imigrantes, atracasse. Depois de 48 horas de espera, o navio seguiu ontem para Valência, com autorização do governo espanhol.
A Itália dificultou a chegada desses imigrantes pois se trata de um navio da Guarda Costeira italiana.
Caso semelhante ao do Aquarius é registrado, já que um navio da ONG alemã Sea Watch está localizado na costa da Líbia, com 41 sobreviventes de um naufrágio e os corpos de 12 imigrantes, aguardando autorização para chegar a algum porto.
Fontes da ONG disseram à Agência EFE que a embarcação Trenton, da Marinha dos Estados Unidos, localizou um bote de borracha e alertou, por rádio, o barco humanitário dessa organização que se encontrava na região.
O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, ameaçou, nas redes sociais, o navio da ONG alemã, afirmando que se negaria a receber os imigrantes resgatados.
