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Internacional

Após 43 dias, Justiça manda governo dos EUA reunir família brasileira

Mãe reencontrou o filho, de 10 anos, em um abrigo de Chicago
Paola De Orte - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/07/2018 - 18:40
Chicago (EUA)

A Justiça federal do estado de Illinois decidiu hoje (5) promover a união de mais uma família brasileira que havia sido separada depois de ter cruzado ilegalmente a fronteira do México com os Estados Unidos. A decisão de hoje obrigou o governo a entregar o menino Diego Magalhães, de 10 anos, à sua mãe, Sirley Silveira Paixão, depois de o menino ter passado 43 dias em um abrigo em Chicago. As informações são da assistente jurídica que cuida do caso.

Hoje, depois de reencontrar o filho, Sirley disse que sentiu um alívio muito grande. Já o menino disse que está bem, mas que sempre quis reencontrar a mãe. Agora, a família segue para viver em Massachusetts, onde tem amigos. Sirley disse que espera construir a vida nos Estados Unidos e que a principal razão que a fez decidir sair do Brasil foi a “segurança que o país oferece”.

A brasileira Sirley Silveira Paixão consegue autorização judicial, nos EUA, e retira filho Diego, de 10 anos, de abrigo em Chicago - Paola de Orte/Agência Brasil
A brasileira Sirley Silveira Paixão consegue autorização judicial, nos EUA, e retira filho Diego, de 10 anos, de abrigo em Chicago - Paola de Orte/Agência Brasil

Segundo a assistente jurídica, Luana Mazon, Sirley tentou entrar nos Estados Unidos por Santa Teresa, que fica no Novo México, pedindo asilo ao governo. Ela foi levada para um local da imigração dos Estados Unidos onde foi separada do filho, levado então para o abrigo. De Santa Teresa, ela foi transferida para El Paso, no Texas.

No total, Sirley ficou presa por 21 dias e quando saiu não sabia onde o filho estava. Foi preciso tempo para encontrar a criança, que estava na custódia do governo. A separação da família é consequência da política de tolerância zero com a imigração ilegal promovida pelo governo do presidente Donald Trump desde maio, que levou à separação de 58 crianças brasileiras de suas famílias.