Mike Pompeo: Coreia do Norte está "comprometida" com desnuclearização
O secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Mike Pompeo, disse hoje (8) que a Coreia do Norte "reafirmou o compromisso com a desnuclearização" durante sua recente visita ao país asiático, e que compreende que a verificação é um passo necessário para o desarmamento.
Pompeo afirmou que as conversas de quinta (5) e sexta-feira (6) foram "muito produtivas", desenvolvidas com "boa fé" e continuarão nas próximas semanas, acrescentando que Pyongyang concordou com a destruição de uma instalação de mísseis "para que o mundo seja mais seguro".
O chefe da diplomacia americana fez os comentários durante entrevista coletiva neste domingo, em Tóquio, ao lado dos ministros das Relações Exteriores do Japão e da Coreia do Sul, Taro Kono e Kang Kyung-wha, respectivamente. Ele afirmou também que as sanções sobre Pyongyang continuarão vigentes até a total desnuclearização.
"O simples avanço do processo [para o desarmamento] não é suficiente para suspender as sanções", disse Pompeo, acrescentando que o caminho pendente "será difícil, além de um desafio".
O secretário americano minimizou as críticas feitas pelo Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, que chamou de "lamentável" a atitude de Washington durante as negociações. As críticas foram feitas em comunicado, divulgado ontem, horas depois da ida de Pompeo para Tóquio.
Pompeo informou que nas reuniões que manteve com o general Kim Yong-chol, figura de peso da inteligência norte-coreana e peça importante para a realização da cúpula em Cingapura, no mês passado, entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, discutiram o significado da "desnuclearização completa". Segundo ele, Pyongyang se mostrou compreensivo e entendeu que "a desnuclearização não pode ser completada sem verificação".
O secretário reafirmou o compromisso dos EUA com a defesa dos seus aliados, como a Coreia do Sul e o Japão, e disse que essa reunião trilateral, a terceira realizada em menos de um mês, serviu para "fortalecer a cooperação e para alcançar a implementação dos acordos da cúpula" de junho.