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Internacional

Justiça da Turquia volta a rejeitar libertação de religioso americano

Agência EFE
Publicado em 17/08/2018 - 11:25
Ancara, Turquia
Agência EFE

 Um tribunal da Turquia voltou a rejeitar nesta sexta-feira o pedido dos Estados Unidos de libertação do religioso americano Andrew Brunson, que está em prisão preventiva há quase dois anos.

Esta é a terceira vez nesta semana que a Justiça turca rejeita as apelações do pastor protestante, que vive na Turquia há 20 anos e que está sendo acusado de vínculos com grupos terroristas. E, seus advogados, negam.

O Tribunal Penal de Esmirna já rejeitou o pedido de liberdade provisória na terça-feira e novamente na quarta, dia no qual transferiu o recurso da defesa para uma instância superior, que hoje referendou  a mesma resolução.

Brunson, detido em outubro de 2016, é acusado de "espionagem" e vínculos tanto com a guerrilha marxista curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) como com a organização islamita do clérigo turco Fethullah Gülen, que é arqui-inimiga do PKK.

Os Estados Unidos pediram a libertação do pastor em várias ocasiões, mas a Turquia negou alegando independência judicial.

A libertação do pastor levou a uma grave crise entre Washington e Ancara, até então, dois aliados tradicionais.

Ontem mesmo, o presidente americano, Donald Trump, escreveu em um tweet: "a Turquia tem se aproveitado dos Estados Unidos durante muitos anos. Agora estão retendo nosso maravilhoso pastor cristão, a quem tenho que pedir agora que represente nosso país como um grande refém patriota".

"Não pagaremos nada pela libertação de um homem inocente, mas estamos reduzindo as relações com a Turquia", acrescentou Trump.

Já em princípios de agosto, os EUA impuseram sanções econômicas aos ministros de Interior e Justiça da Turquia, o que foi respondido por Ancara com medidas idênticas, exacerbando assim a tensão entre os dois países.

É uma situação que aprofundou a desconfiança dos investidores na economia turca, que está com  enorme dívida em divisas estrangeiras e um elevado índice de inflação.