Líder do Estado Islâmico no Afeganistão morre após bombardeio
A principal agência de inteligência do Afeganistão, o Diretório Nacional de Segurança (NDS, na sigla em inglês), anunciou a morte neste domingo (26) do líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no país, Saad Arhabi, após um bombardeio realizado ontem (25) à noite no leste do país, em parceria com as tropas americanas.
"Com base em informação do NDS, ontem à noite por volta das 22h05 (14h35 em Brasília) ocorreu um bombardeio na aldeia de Jangal Keli, (na província de) Nangarhar, e, como resultado, morreu o líder do EI no Afeganistão, Saad Arhabi, junto com outros dez insurgentes", afirmou o NDS em comunicado.
Segundo a agência de inteligência afegã, no bombardeio também foram destruídos alguns esconderijos nos quais os insurgentes armazenavam armas e explosivos.
O porta-voz do governador de Nangarhar, Attaullah Khogianai, confirmou em comunicado a morte do líder do grupo jihadista no Afeganistão e dos outros dez insurgentes.
O porta-voz adjunto do Palácio Presidencial, Hussain Murtazawi, destacou em uma mensagem no Twitter que a morte do líder do Estado Islâmico no Afeganistão "é um sinal claro" de como o governo afegão enfrenta o terrorismo.
A missão da OTAN no Afeganistão só confirmou que "as forças americanas fizeram um bombardeio" ontem à noite e que o alvo era "um líder de uma organização terrorista", segundo disse à Agência Efe o seu porta-voz, Martin O'Donnell.
Sobre a identidade do líder terrorista alvo do ataque em Nangarhar, O'Donnell se remeteu à mensagem de Murtazawi no Twitter, sem fornecer mais detalhes.
Fronteiriça com o Paquistão e crucial na ligação entre os dois países, Nangarhar serve de principal bastião ao Estado Islâmico desde o seu surgimento no Afeganistão em 2015.
Desde que o EI começou a operar no país asiático, foram confirmadas as mortes de pelo menos dois de seus líderes.
Em abril de 2017, o antigo chefe do EI no Afeganistão, Abdul Hasib, morreu em uma operação das forças afegãs e dos EUA em Nangarhar, três semanas depois que Washington lançou na região uma das bombas mais potentes de seu arsenal convencional com o objetivo de destruir um dos últimos bastiões do EI.