Declaração de Quito pede que região siga acolhendo venezuelanos
O encontro regional sobre a imigração venezuelana organizado em Quito, capital do Equador, terminou nesta terça-feira com uma declaração dos 11 países participantes, entre eles o Brasil, de seguir recebendo cidadãos que fogem da crise na Venezuela, dentro de um sentido de "irmandade" e "solidariedade", mas sem deixar de considerar a segurança dos países que acolhem os imigrantes.
"O documento mostra a vontade de todos os Estados participantes de seguir acolhendo de braços abertos todos os que vêm enfrentando uma difícil situação em seu país de origem", anunciou, ao fim da reunião, o representante peruano, César Bustamante.
Assinaram a declaração de intenções Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. Também participaram do encontro representantes da República Dominicana, como observadores, e da Bolívia, que não quiseram assinar o texto.
A declaração também pede ao governo da Venezuela para que "tome de maneira urgente e prioritária as medidas necessárias para o fornecimento oportuno de documentos" para os cidadãos do país.
A exigência tem como objetivo garantir a segurança dos imigrantes e das comunidades que estão acolhendo os venezuelanos, evitar o tráfico de pessoas, a violência e a xenofobia.
O representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), José Javier Samaniego, avaliou que os resultados da reunião são um roteiro para ações no futuro e expressou a disposição do órgão em continuar trabalhando com os países para apoiar as diferentes iniciativas incluídas na declaração.