OEA faz sessão extraordinária sobre migração de venezuelanos
O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) está reunido para discutir a crise migratória de venezuelanos. O representante do Brasil detalhou os impactos do êxodo de imigrantes no território brasileiro, especialmente no Norte do país.
Na sessão, foi informado que o Brasil adotou uma série de medidas para atender à demanda dos venezuelanos que chegam ao país. Houve reforço das equipes de segurança e assistência social, construídos mais de dez albergues e ampliada a rede de vacinação.
Vários países preparam uma resolução na qual exigem que o governo venezuelano autorize o estabelecimento de um "canal humanitário" para a entrada de comida e remédios. A proposta já foi apresentada ao Parlamento da Venezuela e ao Grupo de Lima, bloco o qual o Brasil faz parte. No entanto, a Venezuela, por sua vez, considera que o estabelecimento de um corredor humanitário facilitaria uma invasão ao país caribenho ao abrir portas a forças militares estrangeiras.
Segundo a Organização Internacional de Migração (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), 2,3 milhões de venezuelanos estão vivendo fora de seu país e mais de 1,6 milhão o deixaram desde 2015.
A Venezuela perdeu mais de 40% de seu Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos quatro anos e registra uma inflação disparada, que deve chegar a 1.000.000% este ano, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
* Com informações da Agência EFE