Conselho Europeu debate sumiço de jornalista saudita
O Conselho Europeu debateu hoje (18), em Bruxelas, o possível assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi – desaparecido desde o último dia 2, quando entrou no consulado de seu país em Istambul, na Turquia – e vários países que o compõem pediram explicitamente a abertura de uma investigação sobre o caso.
"Acho que não só eu, mas outros colegas e o resto da União Europeia exigem total transparência e esclarecimento da Arábia Saudita", afirmou o chanceler austríaco, Sebastian Kurz.
O chanceler afirmou que o caso do jornalista que, conforme vários indícios, pode ter sido torturado, decapitado e esquartejado dentro do consulado da Arábia Saudita, foi abordado na cúpula do Conselho – integrado por chefes de Estado ou de governo dos países da União Europeia, além de outros líderes do bloco –, mas não houve conclusões a respeito.
Kurz acrescentou que hoje não foram debatidas possíveis sanções à Arábia Saudita, mas que é "possível que existam consequências" por parte da União Europeia.
Na reunião, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse condenar "qualquer ataque à liberdade de imprensa e aos jornalistas que denunciam e arriscam sua vida em contextos tão incertos". Ele pediu que os fatos sejam esclarecidos e afirmou que o caso é "muito grave".
Já o primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, pediu uma "investigação direta" dos fatos. "Temos muita preocupação com isso e a informação que foi divulgada a respeito teve grande impacto no que se refere às relações com a Arábia Saudita."