ONG diz que mais de mil pessoas seguem sob escombros na Indonésia
Mais de mil pessoas permanecem enterradas sob os escombros após o terremoto que atingiu, na semana passada, ilha de Celebes, na Indonésia, em que mais de 1,4 mil pessoas morreram, informou hoje (4) uma organização não governamental (ONG).
A estimativa da Aksi Cepat Tanggap (ACT), dedicada a resposta de desastres, e compartilhada por outras ONGs, se refere ao bairro de Balaroa, em Palu, a cidade mais afetada, que ficou reduzido a uma massa de lama, metal e cimento após o terremoto e os deslizamentos de terra.
"Há casas umas em cima das outras e corpos no fundo", disse à Agência EFE Ali Akbar, um dos membros da ACT.
O ativista informou que a equipe de sua ONG conseguiu resgatar os corpos de um homem e uma mulher sob os escombros, em Balaroa, apesar de reconhecer as dificuldades dessa tarefa, pois dispõem de pouca maquinaria pesada.
Cuidados
Ele também destacou que as dificuldades para saber o local exato onde estão os corpos estão fazem com que os operários dos poucos guindastes disponíveis tenham medo de danificar os cadáveres.
Alguns poucos familiares, moradores, militares e voluntários fazem a busca neste bairro, onde, de acordo com a ACT, viviam cerca de duas mil pessoas, e onde algumas áreas ficaram queimadas pelos incêndios que ocorreram após o terremoto.
Em Petobo, localizada a sete quilômetros de Palu, dezenas de casas ficaram enterradas sob a lama após um deslizamento de terra.
A porta-voz da Federação Internacional da Cruz Vermelha em Palu, Iris van Deinse, disse hoje que entre 500 e 700 pessoas viviam na cidade, que praticamente desapareceu.
Ao sul de Petobo, equipes de resgate da Indonésia e da ONG tentam recuperar os corpos de dezenas de crianças que ficaram presas sob outro desmoronamento enquanto participavam de um acampamento de estudo da Bíblia no distrito de Sigi Biromaru.
Na última terça-feira, a Cruz Vermelha confirmou a morte de 34 adolescentes, entre 13 e 15 anos, nessa região onde, segundo um dos membros da ONG, foram resgatados 90 dos 200 jovens que estavam no acampamento.