Segunda caravana de migrantes salvadorenhos inicia viagem rumo aos EUA


Uma segunda caravana formada por cerca de 600 migrantes salvadorenhos, entre eles crianças e mulheres, iniciou viagem nesta quarta-feira (31) rumo aos Estados Unidos, disseram porta-vozes dos migrantes.
Segundo registros da Direção Geral de Migração e Estrangeiros de El Salvador (DGME), entre as razões que motivam a migração irregular estão a busca por melhores condições de vida, a reunificação familiar e a violência.
A caravana está dividida em dois grupos que saíram hoje, com pouco mais de uma hora de diferença, de San Salvador em direção à fronteira com a Guatemala. Os migrantes estão acompanhados de agentes da Polícia Nacional Civil (PNC) e serviços de emergência, que prestarão socorro caso necessário.
O grupo, que ainda pode aumentar ao longo do percurso, é integrado por menores de idade, mulheres, jovens e adultos que pretendem chegar aos EUA como os milhares de hondurenhos que ainda seguem o caminho para entrar em território norte-americano.
Esta caravana começou sua viagem três dias depois que um primeiro grupo de cerca de 500 pessoas iniciou o percurso de aproximadamente 4 mil quilômetros até a fronteira do México com os EUA, apesar dos diversos pedidos das autoridades para evitar esta prática devido aos riscos aos quais os viajantes são expostos.
A caravana pretende atravessar a Guatemala para chegar ao México e finalmente aos EUA, apesar de não ter certeza se conseguirá entrar em território norte-americano, já que o governo de Donald Trump confirmou ontem que colocará pelo menos 5.239 militares na fronteira para evitar a passagem de migrantes centro-americanos.
Estes soldados se unirão ao efetivo de mais de 2 mil agentes da Guarda Nacional que já está na região para prestar auxílio à Patrulha Fronteiriça.
Asilo no México
Cerca de 500 salvadorenhos que saíram em caravana no último domingo rumo aos Estados Unidos pediram asilo no México, informou nesta quarta-feira a vice-ministra para cidadãos do país centro-americano no exterior, Liduvina Magarín.
De acordo com Liduvina Magarín, mais de 300 migrantes "fizeram a solicitação de asilo" ontem e "foram checados pelas autoridades e levados a albergues" em território mexicano.
A vice-ministra explicou que mais 200 salvadorenhos encaminharam hoje o pedido de asilo no México, e que a resposta oficial do país pode demorar até 45 dias.
"As autoridades decidiram que, enquanto esperam a decisão final (sobre a qualificação ou não dos salvadorenhos para o asilo), terão livre mobilidade dentro do estado de Chiapas", disse.
O governo de Donald Trump criticou duramente os países centro-americanos por não impedirem a viagem de seus cidadãos, e confirmou ontem que colocará pelo menos 5.239 militares na fronteira com o México para evitar a entrada destes migrantes.
