Bolton anuncia medidas dos EUA contra Cuba, Venezuela e Nicarágua
O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, anunciou nesta quinta-feira (1°), em Miami, mais pressão e sanções do governo americano contra Cuba, Venezuela e Nicarágua, países que definiu como "a troika da tirania".
Segundo Bolton, que pronunciou um discurso sobre a política dos EUA para a América Latina, o Departamento de Estado ampliará hoje a lista de entidades que pertencem ou são controladas pelos militares ou pelos serviços de inteligência cubana com as quais os americanos não podem fazer transações financeiras.
Mais de dez de entidades integrarão a lista, segundo Bolton, que não deu mais detalhes, mas garantiu que o governo americano vai continuar "firmemente" ao lado do povo cubano e compartilhar com ele "a sua aspiração por uma mudança democrática real".
Sobre a Venezuela, anunciou que o presidente Donald Trump assinou um decreto que impõe novas e duras sanções a fim de impedir que cidadãos americanos se envolvam com quem faz "transações fraudulentas e corruptas" com ouro venezuelano.
No caso da Nicarágua, Bolton não anunciou medidas concretas, mas afirmou que enquanto não houver eleições livres nem a restauração da democracia no país, o regime de Daniel Ortega sentirá "o peso total" das sanções americanas.
Bolton falou nesta quinta-feira na Freedom Tower de Miami, um edifício emblemático de 1925 que atualmente é propriedade do Miami Dade College e que, após a revolução cubana de 1959, serviu de albergue e centro de ajuda para os primeiros exilados da ilha.
Troika da tirania
Embora a maior parte do discurso tenha sido dedicada à "troika da tirania" que, segundo disse, não vai "durar para sempre", Bolton também falou da vontade de estreitar relações e aprofundar laços com vários "governos responsáveis" da região.
"Os Estados Unidos estão emocionados de serem parceiros de nações como o México, Colômbia, Brasil, Argentina e muitas outras" no objetivo de fazer "avançar o Estado de Direito e aumentar a segurança e a prosperidade na região para o nosso povo".
Ao término do discurso, Bolton comentou que os Estados Unidos desejam que "cada ângulo deste triângulo caia: em Havana, em Caracas e em Manágua: "os EUA estarão com eles contra as forças da opressão, o totalitarismo e a dominação", comentou.