Carcereiros de prisões do Chile declaram motim e greve de fome
No terceiro dia de paralisação, os carcereiros do Chile aumentaram a intensidade do movimento e declararam um motim generalizado nos presídios do país e uma greve de fome "em massa" na penitenciaria de Santiago. A greve conta com adesão, em nível nacional, de 20 mil funcionários, segundo os líderes.
A Associação Nacional de Funcionários Penitenciários (Anfup) informou ontem (7) a intensificação do protesto, por meio de comunicado em seu site, para exigir melhorias trabalhistas.
No governo, o subsecretário de Justiça, Juan José Ossa, rotulou a mobilização de "ilegal" e disse que poderão ser aplicados descontos nos salários dos trabalhadores que aderirem à greve, informou o jornal La Tercera.
A greve começou no dia 5 depois que, na semana passada, dirigentes dos sindicatos de carcereiros se reuniram com representantes do governo para tentar chegar a um acordo e evitar a paralisação, mas não foi possível.
Entre as principais reivindicações estão vários pontos para melhorar a carreira, como um bônus de incentivo à aposentadoria ou melhor distribuição da força de trabalho.
Na madrugada do dia 5, os carcereiros começaram a fechar os acessos às prisões chilenas e, a partir de agora, não será permitida a saída nem a entrada de presos, exceto em casos especiais e de urgência.
Essa situação afetou também o funcionamento dos tribunais de Justiça, já que os carcereiros não colaborarão no transporte dos réus às audiências de formalização.
No final de junho, os carcereiros tinham anunciado a convocação de outra greve em nível nacional que finalmente não aconteceu, após um acordo na madrugada anterior ao início da paralisação entre os dirigentes sindicais e o ministro da Justiça, Hernán Larraín.