Forças de segurança matam 19 suspeitos de ataque a cristãos no Egito
As forças de segurança do Egito mataram 19 supostos terroristas vinculados com o ataque que causou sete mortes em um ônibus que transportava cristãos coptas na sexta-feira (2), segundo o Ministério do Interior egípcio.
"Após [as forças de segurança] entrarem na região e cercá-la, os elementos terroristas começaram a atirar, e [os agentes] responderam. O que causou a morte de 19 elementos terroristas que ainda não foram identificados", informou o ministério em comunicado.
A operação aconteceu em uma zona remota no deserto ocidental da província de Minia, no centro do Egito, "um refúgio longe do radar das forças de segurança", segundo o governo. A polícia apreendeu "seis metralhadoras, dois fuzis FN Fal, três rifles, quatro pistolas e munição".
A televisão estatal divulgou várias imagens dos corpos, todos com uma arma de fogo perto dos braços e um papel impresso com o emblema do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) dentro de uma barraca no deserto.
O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque do dia 2, no qual sete pessoas morreram e 19 ficaram feridas enquanto viajavam de ônibus para um mosteiro em Minia. O local foi o mesmo em que, em maio do ano passado, integrantes do EI mataram 28 pessoas dentro de um ônibus com cristãos que faziam o mesmo percurso.
Desde dezembro de 2016, o grupo jihadista, que tem um braço estabelecido na península do Sinai, reivindicou diversos atentados que já mataram quase cem cristãos. Os coptas são a comunidade cristã mais numerosa do Egito, onde representam cerca de 10% dos 100 milhões de habitantes do país.