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Internacional

Brasileiro relata apreensão diante de terremoto e da erupção de vulcão

Agência Brasil
Publicado em 27/12/2018 - 07:50
Brasília
FILE PHOTO: Italy's Mount Etna, Europe's tallest and most active volcano, spews lava as it erupts on the southern island of Sicily, Italy February 28, 2017. REUTERS/Antonio Parrinello/File Photo
© REUTERS/Antonio Parrinello/direitos reservados

De férias na região da Catania, no sul da Itália, o professor universitário Gerson Scheid jamais imaginou que passaria pelo susto que viveu nas últimas horas em decorrência do terremoto de 4.8 graus na escala Richter, que atingiu a Sicília, onde está, e a erupção do vulcão Etna. “Somos extremamente pequenos frente ao poder que o planeta possui sobre nós”, desabafou o professor à Agência Brasil.

Há dois dias, Scheid e um amigo alugaram uma casa numa região rural famosa pela produção de vinhos, azeitonas e pistaches, graças à fertilidade oriunda das lavas do vulcão. O local é muito próximo ao Etna. Na quarta-feira (26) enquanto dormiam foram surpreendidos.

“Eram cerca de 3 horas da manhã quando fomos subitamente acordados pelo terremoto. As panelas na parece balançavam. O chão tremia a ponto de a cama balançar como se alguém a estivesse erguendo cada lado de uma vez. Achei que estava sendo chacoalhado para acordar, mas quando entendi vi que era o mundo que chacoalhava”, disse Scheid.

Sem entender o que ocorria, o professor universitário disse que correu para fora da casa e encontrou dezenas de pessoas na mesma situação. Segundo ele, ninguém se importava de estar com roupa de dormir. “Não fomos treinados no Brasil para casos assim”, reagiu.

De acordo com Scheid, a sensação de insegurança é absoluta. “Nossos amigos estadunidenses foram para baixo das portas, pois aprenderam que era o lugar mais seguro em caso de tremores de terra. Eu não sabia se o mais seguro era ficar na cama ou sair correndo.”

Apesar do desejo de manter o cronograma das férias, o professor universitário e o amigo decidiram deixar a Sicília e seguir rumo a Palermo. “Nossas famílias cobravam que fossemos embora. Sabíamos que as coisas estavam estranhas”, disse. "Sentimos que um tremor daquela força era algo que nunca havíamos sentido no Brasil. Era como se alguém balançasse seu chão para fazer você cair.”

Scheid disse que deixa a Catania com uma imagem que jamais esquecerá. “O céu estava cinza. Pagamos a casa, pegamos o carro e fomos embora para um lugar seguro. E assim entendemos que somos extremamente pequenos frente ao poder que o planeta possui sobre nós.”