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Internacional

Brexit: Parlamento britânico deve debater censura ao governo

Agência Brasil*
Publicado em 16/01/2019 - 05:45
Brasília
Prime Minister Theresa May addresses Parliament after the vote on May's Brexit deal, in London, Britain, January 15, 2019 in this screengrab taken from video. Reuters TV via REUTERS
© REUTERS TV/direitos reservados

O Parlamento do Reino Unido, no Palácio de Westminster, em Londres, deve se reunir hoje (16) para debater a moção de censura ao governo apresentada pelo Partido Trabalhista. A reação ocorre no dia seguinte ao da rejeição do Brexit, o acordo que estabelece as condições de saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Ontem (14), 423 deputados reprovaram a medida e apenas 202 aprovaram a proposta, apresentada pela primeira-ministra Theresa May. A decisão é considerada a pior derrota do governo nos últimos anos na história do Reino Unido.

Pela legislação britânica, Theresa May tem condições legais de ser mantida no cargo. Para o deputado Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, foi a derrota mais pesada no Parlamento em 100 anos e anuncia moção de censura.

No Reino Unido, cresce o movimento em favor da realização de um novo referendo para perguntar à sociedade britânica sobre o acordo para a saída da UE.

A expressão “Brexit” reúne os termos “British” mais Exit”, ou seja, “saída britânica”, e é utilizada para designar a retirada do Reino Unido da União Europeia.

Previsão

Inicialmente, o período para implementar o Brexit ia de 29 de março deste ano até 31 de dezembro de 2020. Nessa fase, o Reino Unido estaria obrigado a cumprir todas as regras da União Europeia, mas perderia a sua participação nas instituições, e a sede de várias agências terá de ser deslocada para outros países.

A decisão determina a transferência da Agência Europeia do Medicamento de Londres para a Amsterdã, na Holanda, reunindo cerca de 900 funcionários, da Autoridade Bancária Europeia para Paris e a saída dos 73 eurodeputados britânicos do Parlamento Europeu.

Nos termos do acordo técnico, o período de transição pode ser prolongado apenas por uma vez e por um ou dois anos, no máximo até o final de 2022. O prolongamento tem de ficar decidido pelas partes até 1º de julho de 2020.

*Com informações da RTP, emissora pública de televisão de Portugal