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Internacional

Governo Maduro se diz disposto a negociar com oposição

Porém, impõe cinco exigências, incluindo o fim de sanções à Venezuela
Agência Brasil*
Publicado em 03/03/2019 - 09:03
Brasília
Venezuela's President Nicolas Maduro attends a rally in support of his government and to commemorate the 61st anniversary of the end of the dictatorship of Marcos Perez Jimenez next to his wife Cilia Flores in Caracas, Venezuela January 23, 2019
© Miraflores Palace/Direitos Reservados

O governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, anunciou que está disposto a abrir o diálogo com a oposição. O porta-voz da decisão foi o vice-presidente de Comunicação, Cultura e Turismo, Jorge Rodríguez. Porém, ele impôs cinco exigências, como o fim das sanções impostas à Venezuela e a não ingerência a temas internos.

A lista de exigências inclui ainda o respeito à soberania e a paz, a suspensão das sanções e a implementação de um mecanismo para resolver as diferenças políticas entre o governo e a oposição, assim como a não-interferência em temas internos.

Em relação à possibilidade de novas eleições na Venezuela, como propôs o Grupo de Contacto convocada pela União Europeia, Rodríguez ressaltou que o pleito de 20 de maio de 2018 na qual Maduro foi reeleito, com 67,84% do votos para 2019-2025, cumpriu as normas internacionais.

A eleição de Maduro é questionada pelo Brasil e por mais de 50 países que levantam dúvidas sobre a existência de fraudes.

"Desde que as eleições presidenciais foram realizadas, não só padrões internacionais, mas com o sistema eleitoral venezuelano, que é o mais blindado em todo o mundo, mais confiável do que o sistema eleitoral dos Estados Unidos, Espanha, e, certamente, o da Colômbia", afirmou Rodríguez.

Nas eleições que deram vitória a Maduro, a oposição boicotou. Para Rodríguez, foi um ato de agressão. "O boicote da eleição venezuelana [da oposição] foi para ter o argumento de agressão que estão atualmente tentando perpetrar contra a Venezuela, o boicote começou antes mesmo de negociações", acrescentou.

Rodríguez disse que o comportamento de Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela, é “uma agressão, uma intenção inconstitucional, agressivo da mudança de regime para substituir” o governo Maduro.

O nome de Guaidó conta com apoio do presidente Jair Bolsonaro e de líderes políticos de mais de 50 nações, como o norte-americano, Donald Trump.

*Com informações da AVN, agência pública de notícias da Venezuela.

*Matéria alterada às 10h17 para correção de informação.