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Internacional

Malásia devolverá 3 mil toneladas de plástico aos países de origem

Nuno Patrício, da RTP (emissora pública de televisão de Portugal)
Publicado em 28/05/2019 - 10:14
Kuala Lumpur (Malásia)
Malásia, Plástico
© REUTERS/Lai Seng Sin/File Photo

Depois de a China ter proibido a importação de lixo plástico, interrompendo o fluxo de mais de 7 milhões de toneladas por ano, a Malásia tornou-se o principal receptor mundial desse tipo de resíduo. Agora, o governo quer devolver 3  mil toneladas de plástico que não podem ser reaproveitáveis e que chegaram ao país de forma ilegal.

O lixo que a Malásia recebe é, na maior parte dos casos, reciclado e reaproveitado. Ocorre que nem todo o plástico pode ser reciclado e, por isso, o governo afirma que vai devolver aos países de origem cerca de 3 mil toneladas desse tipo.

Yeo Bee Yin, ministra da Energia, Tecnologia, Ciência, Meio Ambiente e Mudança Climática, informou que 60 contêineres de lixo que foram importados ilegalmente vão ser devolvidos.

"Esses contêineres foram trazidos ilegalmente para a Malásia, sob falsa declaração e outros delitos que claramente violam a nossa lei ambiental", disse Yeo aos jornalistas, depois de inspecionar os embarques em Port Klang, nos arredores da capital.

O plástico impróprio para reciclagem é queimado, liberando produtos químicos tóxicos na atmosfera. Muitas vezes, ele acaba em aterros sanitários, contaminando o solo e as fontes de água.

As autoridades da Malásia identificaram pelo menos 14 países na origem destes contêineres. Entre eles estão os Estados Unidos, o Japão, a França, o Canadá, a Austrália, Grã-Bretanha e Espanha.

Na Malásia, depois de a China ter proibido a recepção desse tipo de produto, surgiram dezenas de fábricas de reciclagem, muitas sem licença de operação. Essa situação tem levado a população a manifestar preocupação com os problemas ambientais criados pela nova