Rússia envia militares para combater incêndios florestais na Sibéria
Enquanto moradores de cidades da Sibéria lutam contra os efeitos da fumaça dos incêndios florestais, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que militares reforcem os esforços para combater o fogo que está devastando a região.
"Os militares serão envolvidos nos trabalhos de extinção dos incêndios siberianos", anunciaram hoje (1º) autoridades do Kremlin.
Putin determinou o reforço depois de ler o relatório do ministro de Emergências, Evgueni Zinichev, sobre a situação.
Como resposta às ordens do governo, o Ministério da Defesa anunciou o envio de 10 aviões IL-76 e 10 helicópteros "com equipamento especial para lançar água" sobre os incêndios de Krasnoyarsk, na Sibéria.
Segundo o Serviço de Proteção Florestal da Rússia, há 147 focos de incêndios na região, sendo que 32 foram extintos nas últimas 24 horas.
As chamas já devastaram uma área de quase 3 milhões de hectares. A região de Irkutsk é a mais afetada pelo fogo. Mais de 2,7 pessoas participam dos esforços para conter as chamas.
O Serviço de Proteção Florestal (SPF) afirmou ainda que outros 321 incêndios em áreas remotas e de difícil acesso estão sendo apenas monitorados e não combatidos, por não ameaçarem centros populacionais e objetos econômicos.
"As perdas projetadas no combate a esses incêndios superam seu potencial de danos", acrescentou o SPF.
Especialistas alertam, no entanto, que o dano causado pelos incêndios vai muito além da questão financeira.
O Greenpeace afirmou que a situação é uma "catástrofe ecológica" e teme que isso impacte ainda mais no clima, acelerando o aquecimento global.