logo Agência Brasil
Internacional

COP25 propõe metas mais ambiciosas para emissões em 2020

Documento foi aprovado neste domingo (15) em Madri (Espanha)
Da RTP*
Publicado em 15/12/2019 - 09:53
Lisboa
Carolina Schmidt, Chile's Minister of Environment and new president of the 2019 U.N. climate change conference (COP25), speaks at the opening ceremony of the COP25 in Madrid, Spain, December 2, 2019. REUTERS/Susana Vera
© Reuters/Susana Vera/Direitos reservados

A Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) já tem documento final acerca da ambição climática em 2020 e do cumprimento do Acordo de Paris, que limita os países para impedir a subida da temperatura média do planeta este século acima de 1,5 graus. O acordo, intitulado "Chile-Madri, hora de agir", foi alcançado hoje (15), quase dois dias após o dia marcado para encerrar a 25ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

O documento foi aprovado pela presidente da COP25, a chilena Carolina Schmidt, após um tenso debate com o Brasil que, inicialmente, não aceitou dois parágrafos incluídos no acordo sobre oceanos e uso da terra.

O acordo final da COP25 estabelece que os países terão de apresentar em 2020 compromissos mais ambiciosos para reduzir as emissões (as chamadas Contribuições Nacionais Determinadas) para enfrentar a emergência climática.

Segundo o acordo, o conhecimento científico será "o eixo principal" que deve orientar as decisões climáticas dos países para aumentar a sua ambição, que deve ser constantemente atualizada de acordo com os avanços da ciência. O texto inclui "a imposição" de que a transição para um mundo sem emissões tem de ser justa e promover a criação de emprego.

O acordo também reconhece a ação climática de atores não-governamentais, a quem convida a aumentar e generalizar estratégias compatíveis com o clima.

As várias delegações, de 200 países, não conseguiram chegar, na sexta-feira (13), a acordo sobre como impulsionar as metas do Acordo de Paris. As organizações ambientalistas acusaram a presidência chilena de estar cedendo aos interesses dos países poluidores, como os Estados Unidos e o Brasil.

 

*Emissora pública de televisão de Portugal  // O título da matéria foi alterado às 14h para correção de informação