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Internacional

Tribunal Constitucional da Bolívia prorroga governo interino até maio

Mandato da presidente Jeanine Ánez iria até a próxima quarta-feira
Marieta Cazarré - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/01/2020 - 15:32
Montevidéu
Bolivian Senator Jeanine Anez gestures after she declared herself as Interim President of Bolivia, in La Paz, Bolivia November 12, 2019. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
© REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Bolivian Senator Jeanine Anez gestures after she declared herself as Interim President of Bolivia, in La Paz, Bolivia November 12, 2019. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, que assumiu o governo em novembro do ano passado, após a renúncia de Evo Morales, ficará no poder até a realização das novas eleições gerais no país. O mandato de Jeanine Áñez, que inicialmente iria até a próxima quarta-feira (22), foi estendido até 3 de maio.

A prorrogação dos mandatos abarca também governadores, parlamentares federais e legisladores regionais, prefeitos e vereadores.

Os magistrados do Tribunal Constitucional da Bolívia entenderam que "o vazio iminente que poderia ocorrer" a partir do dia 22 deste mes, teria o efeito de "fratura do estado de direito constitucional", o que colocaria em risco a validade dos fundamentos constitucionais.

As eleições gerais na Bolívia foram realizadas no dia 20 de outubro do ano passado e, após uma apuração que foi muito questionada, foi anunciada a vitória de Evo Morales em primeiro turno.

No dia 10 de novembro, após três semanas de protestos nas ruas e pressionado pelas Forças Armadas, Morales renunciou ao cargo e pediu asilo político no México.

Também renunciaram o vice-presidente Álvaro García Linera, o presidente da Câmara de Deputados, Víctor Borda, e a presidente do Senado, Adriana Salvatierra. Após a renuncia de Morales, Áñez, que era a segunda vice-presidente do Senado, assumiu a presidência interina, em 12 de novembro.

 A Organização dos Estados Americanos (OEA) realizou uma auditoria que apontou graves irregularidades e fraudes no processo eleitoral que reelegeu Morales para o quarto mamdato presidencial.

Agora Morales está na Argentina, com status de asilado.