Trump: "não é fácil" conseguir máscaras para estados norte-americanos
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, reconheceu nesta terça-feira (24) a dificuldade de obter suprimentos de saúde cruciais em meio à pandemia de coronavírus, enquanto autoridades estaduais e locais deram o alarme de um sistema de saúde pública que corre o risco de um colapso.
Em um tuíte publicado no início da manhã, Trump disse: "O mercado mundial de máscaras e ventiladores está maluco. Estamos ajudando os Estados a conseguirem equipamentos, mas não é fácil".
Algumas autoridades estaduais e locais criticaram a falta de ações federais coordenadas em meio ao coronavírus de rápida disseminação, dizendo que obrigar localidades a agir por conta própria as faz competir por suprimentos com outros Estados e municípios, com o governo dos EUA e até com outros países.
No Estado de Nova York, o epicentro do surto norte-americano, o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, apelou por ventiladores, máscaras e outros equipamentos médicos, já que o número de casos de coronavírus dispara e itens críticos estão escassos.
Autoridades da Califórnia, outro local muito afetado, pediram 50 mil leitos hospitalares adicionais.
Ainda nesta terça-feira, Trump disse que autoridades federais solicitaram 400 ventiladores para a cidade de Nova York e mencionou quatro hospitais temporários sendo preparados no Estado. Não foi possível contatar autoridades de Nova York de imediato para obter comentários sobre o tuíte de Trump.
Governadores estaduais pediram a Trump que acione a Lei de Produção de Defesa, uma medida que permitiria que o governo dos EUA acelerasse a fabricação. No domingo, o presidente republicano disse que hesita em utilizá-la porque "nacionalizar nossos negócios não é um bom conceito".
O Congresso está debatendo um pacote de estabilização econômica de grande envergadura para a crise do coronavírus que poderia incluir mais dinheiro para hospitais e equipamentos, entre outras necessidades.
Até agora, democratas e republicanos não chegaram a um entendimento, mas na noite de segunda-feira (22) o secretário do Tesouro e o líder democrata do Senado expressaram a esperança de que um acordo possa ser firmado em breve.