ONU: Conselho de Direitos Humanos faz reunião extraordinária no dia 27


O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) vai se reunir no próximo dia 27, em sessão extraordinária, para discutir o conflito entre Israel e a Palestina, anunciou hoje (20) a ONU.
O encontro será realizado a pedido do Paquistão, como coordenador da Organização de Cooperação Islâmica, e das autoridades palestinas, que reuniram assinaturas suficientes dos 47 países-membros do conselho, acrescentou a ONU em comunicado.
Na reunião, os países examinarão a "grave situação dos direitos humanos" nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental.
O anúncio ocorre quando a diplomacia internacional atua na região e nos bastidores para tentar encerrar a escalada da violência entre Israel e o Hamas, no poder na Faixa de Gaza.
O Conselho de Direitos Humanos promove pelo menos três sessões ordinárias por ano, mas se um terço dos Estados-membros solicitar, pode decidir a qualquer momento a realização de uma sessão extraordinária.
Desde a sua criação em junho de 2006, o conselho já realizou 29 sessões especiais, destinadas a responder a situações de emergência. Várias delas condenaram Israel, particularmente sobre a situação em Gaza.
A reunião especial anterior sobre a deterioração da "situação dos direitos humanos no território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental", foi em maio de 2018.
A primeira sessão especial do conselho, em 5 de julho de 2006, também também tratou "da situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados".
A atual escalada de violência na região provocou a morte de 227 palestinos em Gaza, entre eles 64 menores, e 1.620 feridos.
Em Israel morreram 12 pessoas, sendo dois menores, e foram registrados 340 feridos.
Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelenses e palestinos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islã e junto ao local mais sagrado do judaísmo.
O lançamento de foguetes por grupos armados em Gaza, em direção a Israel, é respondido com bombardeio sistemático pelas forças israelenses contra a Faixa de Gaza.
O conflito ocorre desde a fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
