Putin: Rússia está aberta à diplomacia, mas não comprometerá segurança
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (23) que a Rússia está sempre aberta à diplomacia, mas coloca seus próprios interesses de segurança nacional em primeiro lugar e continuará a fortalecer as Forças Armadas diante do que classificou de situação internacional difícil.
Em declaração em vídeo, divulgada pelo Dia do Defensor da Pátria, Putin não mencionou o impasse com o Ocidente sobre a Ucrânia, que levou à imposição de sanções à Rússia depois que decidiu reconhecer a independência de duas regiões separatistas ucranianas.
Ele usou o vídeo, no entanto, para manifestar sua posição sobre o assunto.
"Nosso país está sempre aberto a diálogo direto e honesto e pronto para buscar soluções diplomáticas para as questões mais complicadas. Mas quero repetir que os interesses da Rússia e a segurança de nosso povo são incondicionais. Portanto, continuaremos a fortalecer e a modernizar nosso Exército e nossa Marinha", disse.
Os Estados Unidos acusam Putin de reunir mais de 150 mil soldados perto das fronteiras com a Ucrânia, em preparação ao que teme ser uma invasão em grande escala. A Rússia tem repetidamente negado planos para o ataque, mas alega que tem o dever de proteger as pessoas que vivem nas duas regiões separatistas.
"Podemos ver a difícil situação internacional e as ameaças colocadas pelos desafios atuais, como a erosão do sistema de controle de armas e as atividades militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan", disse Putin, em referência à aliança militar ocidental.
"E, ainda assim, os apelos da Rússia para construir um sistema baseado em segurança igual e indivisível, que defenderia de forma confiável todos os países, permanecem sem resposta."
*É proibida a reprodução deste conteúdo.