Mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, fugindo da guerra
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Mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, fugindo das consequências do ataque militar russo ao país. A informação foi divulgada hoje (1), pela agência da Organização das Nações Unidos para Refugiados (Acnur).
A ONU teme que a ofensiva russa cause “a maior crise de refugiados da Europa neste século”, já que milhares de pessoas de várias nacionalidades que vivem na Ucrânia, incluindo brasileiros, estão se deslocando em direção a países vizinhos.
Segundo equipes da agência, na fronteira com a Polônia, a fila de pessoas tentando deixar o país já chega a quilômetros, com relatos de pessoas que afirmam estar há mais de 60 horas expostas ao frio intenso, tentando ingressar em território polonês.
Para socorrer as famílias que fogem dos ataques russos, as Nações Unidas e instituições parceiras fizeram, hoje (1º), dois apelos. Um que visa a arrecadar US$ 1,7 bilhão para fornecer ajuda humanitária a quem busca refúgio e outro para auxiliar a quem permanece na Ucrânia.
A estimativa é que cerca de 12 milhões de pessoas precisarão de ajuda e proteção dentro do território ucraniano, enquanto mais de 4 milhões de refugiados podem precisar de assistência em países vizinhos nos próximos meses.
Em nota, a Acnur garantiu que já está mobilizando uma “grande operação humanitária” para atender às pessoas que estão deixando o país em guerra. Em território ucraniano, a agência planeja distribuir alimentos e água, além de assistência financeira emergencial às pessoas mais vulneráveis e assistência médica, serviços de educação, abrigamento emergencial e reconstrução de casas danificadas.
Nos países vizinhos, a iniciativa busca apoiar centros de recepção para pessoas deslocadas e outras iniciativas, com atenção especial à prevenção da violência de gênero.


