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Internacional

Presidente do Peru enfrenta nova tentativa de impeachment

Novo gabinete de Pedro Castillo foi confirmado pelo Congresso
Marco Aquino e Marcelo Rochabrun - Repórteres da Reuters*
Publicado em 09/03/2022 - 10:49
Lima
Presidente do Peru, Pedro Castillo, faz pronunciamento em Lima
© Presidência do Peru/Divulgação
Reuters

O Congresso do Peru confirmou hoje (9) o novo gabinete do presidente Pedro Castillo, o quarto em apenas sete meses no cargo, logo depois que um grupo de parlamentares da oposição lançou nova tentativa de impeachment do líder esquerdista.

Os parlamentares votaram a favor do novo gabinete por 64 votos a 58, depois de longa sessão que começou nessa terça-feira (8) mas foi até a madrugada. O novo gabinete é liderado pelo primeiro-ministro Aníbal Torres, advogado e ex-ministro da Justiça, aliado próximo de Castillo.

A aprovação ocorre no momento em que Castillo enfrenta pedido de impeachment por parte de parlamentares da oposição, tendo sobrevivido a um no ano passado.

Cerca de 50 parlamentares, de um total de 130 no Congresso unicameral do país, apresentaram moção ontem, alegando que Pedro Castillo é moralmente inapto para o cargo, ao citar 20 supostas violações que incluem o depoimento de um lobista que o acusou publicamente de corrupção.

A aprovação pública de Castillo, que nega as acusações, está abaixo de 30% em pesquisas recentes, embora o professor aposentado tenha ganhado algum terreno recentemente em meio a rotatividade sem precedentes entre seus ministros.

A Presidência de Castillo tem sido marcada por escândalos e instabilidade política. Desde que assumiu o cargo em julho, ele substituiu membros do ministério mais rápido do que qualquer administração na história recente. Seu primeiro-ministro anterior durou apenas alguns dias devido a alegações de violência doméstica.

O Congresso ainda enfrenta uma batalha para remover Castillo do cargo, o que exigiria 87 votos. Embora o Parlamento seja controlado pela oposição, tentativa anterior de impeachment em dezembro não conseguiu votos suficientes para iniciar tramitação.

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