Japão permite retorno de moradores de áreas próximas a Fukushima


Moradores de algumas áreas da localidade de Okuma foram hoje (30) autorizados a voltar às suas casas. É mais um regresso a uma "zona de difícil retorno", próxima da Central Nuclear de Fukushima, no Nordeste do Japão.
Okuma, um dos dois municípios onde está localizada a central, foi fechada em março de 2011 e, embora as restrições já tivessem sido suspensas em algumas áreas mais afastadas da usina, parte do terreno mantinha a designação de "difícil retorno" devido aos níveis elevados de radiação.
Esta é a segunda vez que as autoridades nipônicas permitem o regresso a uma dessas áreas, depois de, em meados de junho, os moradores da aldeia de Katsurao, a cerca de 35 quilômetros (km) da central nuclear, também terem sido autorizados a voltar para casa.
A decisão de hoje diz respeito a uma área de 8,6 quilómetros quadrados de Okuma, no centro do município, onde os residentes já tinham autorização para passar a noite desde dezembro, num programa de preparação para um regresso permanente em grande escala.
"Vai ser necessário muito tempo até voltar ao nível anterior, mas hoje é um dia-chave para Okuma", disse o presidente da câmara da cidade, Jun Yoshida, citado pelo jornal japonês Yomiuri.
Atualmente, cerca de 330 quilômetros quadrados de terreno em seis localidades da província de Fukushima, incluindo Katsurao, Okuma e Futaba, ainda estão classificados como "zonas de difícil retorno".
Em 11 de março de 2011, forte tremor desencadeou um tsunami na região. O balanço do desastre, que teve 18.500 mortos ou desaparecidos, diz que ele foi causado sobretudo pelas ondas, que em muitas áreas eram da altura de edifícios.
O desastre de Fukushima é considerado o pior acidente nuclear civil desde Chernobyl, na Ucrânia, em abril de 1986.
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Foto: Associação dos Agentes de Ecoturismo e Táxis Fluviais do Rio Jamari e Adjacência do Rio Madeira/Divulgação"
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