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Internacional

Acidente em Zaporizhia poderá ser mais grave que o de Fukushima

Alerta é de representante chinês na ONU
RTP*
Publicado em 12/08/2022 - 06:38
Nova York
File photo - One of the six reactor building are seen on the premises of the Zaporizhia Nuclear Power Station, the largest NPP in Europe and among the top 10 largest in the world, Enerhodar, Zaporizhzhia Region, southeastern Ukraine, July 9, 2019. There was growing concern on Monday that the ongoing war in Ukraine could lead to serious damage at Europe's largest nuclear power plant. Ukraine and Russia accuse each other of shelling the Zaporizhzhia Nuclear Power Station — a sprawling facility on Russian occupied ground that continues to function as the war rages around it. Russian emergency services released images of damage around the plant after both sides traded fresh accusations of shelling the compound. Photo by Dmytro Smolyenko/Ukrinform/ABACAPRESS.COMNo Use Russia.
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O representante chinês na Organização das Nações Unidas (ONU), Zhang Jun, alertou o Conselho de Segurança de que um acidente na central nuclear de Zaporizhia poderá ser mais grave do que o ocorrido em Fukushima, em 2011.

Segundo comunicado da missão chinesa na ONU, Zhang lembrou, nessa quinta-feira (11), que Zaporizhia, no Leste da Ucrânia, é a maior central nuclear da Europa e disse que não quer que "o mesmo risco" se repita.

O acidente nuclear de Fukushima, no Japão, ocorreu em 11 de março de 2011, depois de intenso terremoto de 9 graus na escala Richter, que provocou ondas de cerca de 15 metros de altura e matou quase 18 mil pessoas.

Em reunião de emergência do Conselho de Segurança, convocada pela Rússia, o representante chinês apelou a russos e ucranianos que exerçam "contenção, atuem com prudência, evitem tomar medidas que comprometam a segurança nuclear".

Tropas russas controlam atualmente Zaporizhia, que tem sido alvo de bombardeios nesta semana, com Kiev e Moscou a trocando acusações sobre os recentes incidentes de segurança na central.

O diplomata chinês manifestou apoio à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para desempenhar "papel ativo" na promoção de questões de segurança e proteção nuclear.

Zhang Jun pediu também à Rússia e à Ucrânia que removam "obstáculos" à visita de uma equipe de especialistas da AIEA a Zaporizhia.

Ele afirmou que, após cinco meses de guerra e conhecendo os problemas de segurança que o conflito representa para as instalações nucleares, somente com o restabelecimento da paz os riscos nucleares podem ser eliminados.

Na mesma reunião, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse que análises preliminares indicam não haver "ameaça imediata" à segurança nuclear após ataques a Zaporizhia, mas alertou que a situação é grave e "pode mudar" rapidamente.

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