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Internacional

EUA impõem sanções à Rússia por anexação de territórios ucranianos

Medidas atingem centenas de pessoas e empresas
Daphne Psaledakis e Steve Holland - Repórteres da Reuters*
Publicado em 30/09/2022 - 13:02
Washington
Reuters

Os Estados Unidos (EUA) impuseram nesta sexta-feira (30) sanções abrangentes à Rússia por sua anexação declarada de territórios da Ucrânia. As medidas visam centenas de pessoas e empresas, incluindo aquelas do complexo militar industrial da Rússia e membros do Legislativo.

Os Estados Unidos agiram depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje a maior anexação na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, declarando o domínio russo sobre 15% da Ucrânia.

"Não vamos ficar parados enquanto Putin tenta, de forma fraudulenta, anexar partes da Ucrânia", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em comunicado.

"Os Estados Unidos rejeitam inequivocamente a tentativa fraudulenta da Rússia de mudar as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia, inclusive realizando falsos referendos", afirmou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em nota.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse que impôs sanções a 14 pessoas no complexo militar industrial da Rússia, duas autoridades do Banco Central do país, familiares de autoridades graduadas e 278 membros do Legislativo da Rússia "por permitir referendos falsos e tentativa de anexar território soberano da Ucrânia".

O Tesouro também divulgou orientações alertando sobre o risco de sanções para aqueles que estão fora da Rússia, caso forneçam apoio político ou econômico a Moscou.

O Departamento de Estado dos EUA, em comunicado separado, disse que impôs restrições de visto a mais de 900 pessoas, incluindo membros das Forças Armadas russas e bielorrussas e "representantes da Rússia por violarem a soberania, integridade territorial e independência política da Ucrânia", impedindo-os de viajar para o Estados Unidos.

A Rússia declarou as anexações, depois de realizar o que chamou de referendos em áreas ocupadas da Ucrânia. Governos ocidentais e Kiev disseram que as votações violaram a lei internacional, foram coercitivas e não representativas.

(Reportagem adicional de Karen Freifeld, Doina Chiacu e Heather Timmons)

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